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Eletrobras quer economizar R$ 1,5 bi com Plano de Aposentadoria Extraordinária

Por Agência Brasil 12/08/2017 12h12
Eletrobras quer economizar R$ 1,5 bi com Plano de Aposentadoria Extraordinária

A Eletrobras - Centrais Elétricas Brasileiras S.A. estima que fará uma economia de R$ 1,5 bilhão com a aplicação de um Plano de Aposentadoria Extraordinária (PAE) e um Plano de Incentivo ao Desligamento (PID). Com o primeiro, já em fase de conclusão, a empresa conseguiu a adesão de 2097 empregados, diante da meta de 2437, que tinha uma previsão de economia de R$ 920 milhões e alcançou R$ 874,8 milhões, representando 95% do esperado.

“Essa é a redução que teremos ao longo do ano de 2018 e, para sempre, decorrente desse plano”, disse o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, em entrevista hoje (11) na sede da empresa no centro do Rio.

Ferreira Junior disse que esse valor pode aumentar quando puder adicionar a aplicação do PAE na Amazonas Geração e Transmissão de Energia S/A – Amazonas GT, a mais nova empresa do Sistema Eletrobras.. Com isso serão acrescentados R$ 20 milhões, caso 50% dos empregados elegíveis à adesão se inscreverem.

O investimento da companhia no PAE, inicialmente, previa a aplicação de R$ 1,6 bilhão, mas houve uma redução com as mudanças realizadas no pacote de ofertas aos empregados para R$ 809,8 milhões. “Nós vamos ter um retorno desse investimento em menos de um ano. Era 1,7 ano e agora está em menos de um ano”, disse Ferreira Junior, acrescentando, que o PAE já está fechado, mas nada impede que mais a frente a empresa faça algum outro semelhante.

Na visão do executivo, a adesão foi facilitada pelas discussões da Reforma da Previdência no país. “Ajudou muito o fato de termos uma discussão muito grande sobre o tema da aposentadoria. Não foi proposital e não se pensou nisso, mas na verdade pegou o período da grande discussão e as pessoas, obviamente, têm interesse em garantir direitos. E garantiram”.

PID

Quanto ao Plano de Incentivo ao Desligamento  (PID), que será lançado entre outubro e novembro, a expectativa é atingir pelo menos 50% de 4.832 empregados, sendo a metade disso até junho de 2018, com uma economia de R$ 600 milhões por ano.

O presidente acrescentou que a empresa precisa reduzir o nível de endividamento e para isso conta com a venda de ativos. Ele afirmou que o banco BTG, contratado para fazer a modelagem da venda, vai concluir o trabalho ainda este mês e espera que a privatização ocorra ainda este ano. A intenção da Eletrobras é vender a sua participação em 79 sociedades de propósito específico (SPE), com as funções de transmissão e geração de energia eólica. Embora os cálculos sejam em torno de R$ 5,7 bilhões, o executivo estima que o ganho será maior.

Segundo ele, o esforço da empresa atualmente é para quitar os empréstimos que foram tomados para, principalmente, utilização em capital de giro. “Caros e curtos. Isso polui um pouco a nossa situação”, contou, destacando, que neste aspecto, mais do que alongar o perfil da dívida, é preciso pagar os empréstimos.  Em 2017, a previsão para a quitação de dívida é de R$ 4,9 bilhões e para o ano que vem de R$ 3,2 bilhões.

Sobre os resultados de 2017, Ferreira Junior disse que o lucro líquido de R$ 306 milhões na holding e de R$ 344 milhões no consolidado do grupo, no segundo trimestre, e de R$ 1,7 bilhão no primeiro semestre foram muito positivos.