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Em estado de greve, Militares ameaçam reduzir policiamento em AL

O próximo passo da mobilização, de acordo com o Movimento Unificado dos Militares será o aquartelamento da tropa

Por Redação com Jornal de Alagoas 20/04/2018 16h04
Em estado de greve, Militares ameaçam reduzir policiamento em AL

Representantes de oito associações militares participaram de reunião, na manhã desta sexta-feira, 20, na Mesa de Negociação do Estado, com participação dos secretários de Planejamento e Gestão, Fabrício Marques Santos e da Segurança, Lima filho, além de outros integrantes do Executivo.

No encontro, realizado na sede da Seplag, o Movimento Unificado dos Militares, apresentou uma nova proposta. A categoria quer agora 29% de aumento. O governo manteve a proposta anterior, de 10%, parcelados entre 2019 e 2022, mais o IPCA do período. Projeções da Secretaria da Fazenda de Alagoas apontam que esses reajustes somados chegariam a 33%.

O secretário Fabrício Marques Santos saiu do encontro tranquilo, acreditando que prevalecerá o diálogo e o bom senso. “Mostramos os números do estado com transparência. O governo fará o que for possível dentro do limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Acredito que os líderes do movimento saberão passar os números para os servidores. Nossa preocupação maior é garantir a segurança da população, mas não podemos comprometer as finanças do Estado”, pondera.

O sentimento das lideranças dos militares não foi o mesmo do secretário Fabrício Marques Santos. Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira, 24. Até lá, os representantes das associações prometem intensificar a mobilização, reduzindo “drasticamente” o policiamento nas ruas e preparando um eventual aquartelamento.

O “estado de greve” - o que não é permitido por lei para servidores militares – foi traduzido em nota oficial do Movimento Unificado dos Militares: “passamos para segunda fase do movimento, na qual só iremos trabalhar dentro dos meios legais, o que implicará na redução drástica do policiamento ordinário”.

“Queremos os 29% de reajuste, que é nosso direito. O Estado não ofereceu nenhuma contraproposta, o que nos leva a continuar com as mobilizações antes de um possível aquartelamento. Não podemos aceitar os 10% oferecidos pelo governo”, disse o presidente da Associação dos Bombeiros, sargento Marcos Ramalho, em entrevista a um site local.

De acordo com o Movimento Unificado dos Militares a força-tarefa e o Ronda no Bairro continuam suspensas.

Veja a nota assinada pelas as associações militares,na íntegra:

“NOTA OFICIAL

Em reunião na Seplag, nesta sexta-feira (20), com os presidentes das associações Militares e o Governo do Estado, através do secretário de Estado do Planejamento e Gestão Fabrício Marques, alegou impossibilidades legais e financeiras para atender o pleito de 29% exigido pelos militares. O secretário solicitou mais um prazo para realizar estudos mais detalhados sobre o assunto, sobretudo em relação a um maior percentual possível a ser dado no mês de Janeiro de 2019, como forma de reenquadramento do subsidio do Militar. A próxima reunião ficou marcada para terça-feira (24), às 8hs na Seplag.

Diante da incerteza da proposta, passamos para segunda fase do movimento, na qual só iremos trabalhar dentro dos meios legais, o que implicará na redução drástica do policiamento ordinário.

Neste final de semana estaremos realizando reuniões com as lideranças de cada Batalhão e Grupamento, para que seja traçado todo o planejamento necessário para uma terceira fase do movimento, que será o AQUARTELAMENTO, caso seja o nosso último recurso, em vista a falta de proposta viável para a categoria por parte do governo.

MOVIMENTO UNIFICADO DOS MILITARES ESTADUAIS“.