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Velho Chico: eleva preocupação com geração de energia
As barragens reguladoras do sistema da Chesf estão praticamente secas
O governo federal precisa urgentemente mudar sua matriz energética para o Nordeste, simplesmente o rio São Francisco não tem mais condições de continuar fornecendo água para geração de energia elétrica, produção de alimentos e consumo humano e animal. As barragens reguladoras do sistema da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) estão praticamente secas, bem abaixo do nível critico permitido.
Segundo técnicos que participaram da 27ª Plenária do rio São Francisco, em Petrolina, o maior lago, que é Sobradinho, tem apenas 21% de sua capacidade de armazenamento e mesmo assim, se pode notar, segundo eles, que o assoreamento já tomou conta dos reservatórios.
A degradação ambiental das margens do rio, o uso descontrolado das águas para projetos de irrigação e os longos períodos de estiagem, que se abateu sobre o Nordeste durante os últimos quatro anos debilitou o rio São Francisco, que hoje é um recurso hídrico “moribundo”, que necessita urgentemente de ações de recuperação.
O Comitê de Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF) quer também um basta no uso indiscriminado das águas para milhares de projetos de irrigação.
O rio pode secar
O nível dos reservatórios do sistema de geração de energia elétrica do São Francisco estão em nível críticos e segundo avaliação relato dos técnicos que participaram da 27ª Plenária em Petrolina, em Pernambuco o Velho Chico pode ficar com seu leito seco em vários trechos de sua calha. O cenário pintado nesse encontra de debate sobre a crise hídrica é a pior dos últimos anos.
Minas alerta
O engenheiro de planejamento da Companhia de Eletricidade de Minas Gerais, Renato Junio Costa a empresa fez estudos sobre a queda pluviométrica e a vazão da barragem em Três Marias e a conclusão é que o reservatório deverá em outubro ficar com apenas 10% de sua capacidade para geração e energia elétrica. Segundo ele isso significa que não haverá vazão e o rio vai parar de correr a partir de Minas Gerais.