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Feira da Reforma Agrária reúne trabalhadores rurais na Praça da Faculdade

Por GazetaWeb 05/09/2018 09h09
Feira da Reforma Agrária reúne trabalhadores rurais na Praça da Faculdade
Divulgação

Começou hoje, quarta-feira (5), na Praça da Faculdade, no bairro do Prado, em Maceió, mais uma edição da Feira da Reforma Agrária, que reúne trabalhadores rurais de vários municípios de Alagoas. A feira acontece até sábado, sempre das 5h às 22h. 

Além da comercialização de produtos sem agrotóxicos, cultivados por trabalhadores Sem Terra de todo o estado e vendidos a um preço acessível, o evento também conta com uma programação cultural e um restaurante, onde as pessoas podem fazer refeições com "gostinho do interior". 

De acordo com Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, a Feira é um importante momento de aproximação do campo com a cidade. "É durante os dias de Feira que a população consegue enxergar concretamente os resultados da luta e da organização dos Sem Terra. Quem visita a feira compreende que a produção de alimentos em nossas bancas, que é resultado das ocupações, marchas e das diversas lutas realizadas na defesa da Reforma Agrária e dos direitos do povo", pontuou.

Programação

Além das mais de 200 bancas organizadas ao longo da praça no bairro do Prado, quem visitar a feira também poderá participar de uma série de atividades, além de acompanhar uma vasta programação.

O tradicional Festival de Cultura Popular que, este ano, conta com cerca de 20 atrações, vai levar uma diversidade de atividades culturais à Praça, como o Coco de Roda, Maracatu, Samba, Forró, com a participação de diversos grupos culturais e artistas, como é o caso da patrimônio vivo da cultura alagoana, Dona Zeza do Coco, que vai ao palco na primeira noite do Festival.

"Uma das novidades esse ano da Feira é o Palco Raquel Xukuru-Kariri, um novo polo de atrações culturais que vai funcionar durante todas as tardes, com atividades diversas como teatro, poesia e oficinas de artes", explicou José Roberto, da coordenação do MST.

O palco que vai homenagear a líder indígena de Palmeira dos Índios que morreu esse ano e deve movimentar as tardes da feira com diversas linguagens da arte e da cultura. 

"Além disso, o Restaurante Popular vai funcionar todos os dias com o melhor da culinária da roça, com um cardápio exclusivo para os homens e mulheres que queiram saborear um bom café da manhã, almoço ou jantar com gostinho do campo", disse José Roberto.