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Marx Beltrão quer freio nos aumentos abusivos nos preços dos combustíveis

Por ASCOM 16/11/2018 10h10
Marx Beltrão quer freio nos aumentos abusivos nos preços dos combustíveis

Tramita na Câmara dos Deputados, em Brasília, projeto de autoria do deputado federal alagoano Marx Beltrão (PSD) que põe um freio nos aumentos abusivos e desordenados nos valores dos combustíveis. O projeto de lei, de número10347/2018, obriga o governo federal a reajustar o valor da gasolina, do etanol e do diesel somente mediante o aumento da inflação. 

 

 

“Ficam os reajustes de preços de combustíveis automotivos limitados, em todo o território nacional, aos índices inflacionários medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), medido e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), escolhendo-se, dentre ambos, o que for menor”, diz o art. 1º do projeto de lei do parlamentar.

 

Ao Cada Minuto, Beltrão afirmou que “é necessário colocar ordem neste vai e vem de reajustes, que penaliza os motoristas em geral, porque o cidadão nunca sabe quando vai acontecer um aumento no preço da gasolina, do diesel e do etano. Preço que no Brasil já é um dos mais caros quando se compara o valor absoluto e a renda da população. A greve dos caminhoneiros escancarou a realidade de que este sistema de aumentos por parte da Petrobras necessita urgentemente de um freio de arrumação” alegou o deputado.

 

 

“Sinceramente, o cenário que os motoristas encontram é de caos e de perplexidade. A falta de organização do governo federal leva descontrole ao mercado e o cidadão que usa o carro diariamente é o mais afetado. Abastecer o carro hoje em dia requer paciência, pesquisa e sorte para economizar. Se a inflação oficial fosse um parâmetro para o aumento, ao menos haveria um planejamento mínimo, evitando correria aos postos ou busca desesperada por preços menores e descontos” complementou.

 

Beltrão também citou a necessidade de se dar condições comerciais equilibradas ao setor de comércio de combustíveis. “O objetivo primeiro é defender o cidadão, que já não agüenta mais tantos aumentos em um produto essencial, e já com preço abusivo. Mas o setor do comércio de combustíveis também é prejudicado. Porque o setor precisa fazer ginástica e futurologia financeira, uma vez que não há critério nem segurança de que os preços cobrados hoje pela Petrobras serão os preços cobrados amanhã. Todos são surpreendidos com os aumentos e o jeito é repassar para o preço final, como em qualquer setor”, disse o parlamentar.

 

“Esses reajustes frequentes, se não afetam a saúde financeira da Petrobrás, afetam negativamente o bom desenvolvimento econômico da nação, forçando a uma redução de consumo de combustíveis que, num sentido mais amplo, acaba por fazer reduzir a atividade econômica de uma forma geral, alimentando a redução de consumo de bens e o desemprego, numa espiral recessiva retroalimentada, que prejudica a todos os cidadãos” complementa o projeto de lei.