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Campo do Gado investe no segmento da reciclagem animal

Por Bccom Comunicação 18/12/2018 10h10
Campo do Gado investe no segmento da reciclagem animal
Gustavo Machado

Criar um polo de atuação regional entre Alagoas, Pernambuco e Sergipe. É com esta proposta que a unidade da Campo do Gado, localizada no município de Arapiraca, completou dois anos no Estado, vem gerando emprego e renda, contribuindo para movimentar a economia alagoana.

A unidade atua com a fabricação de sebo, que é usado para a fabricação de biodiesel ou comercializado com indústrias de detergente e de sabão, além da farinha de carne e osso que é utilizada na ração animal e comercializada com granjas de aves, criatórios de suínos e indústria pet.

Apesar de a unidade industrial contar com uma clientela local já firmada, a demanda existente não consegue absorver a produção. Com isso, de acordo com Gustavo Machado, do Grupo Campo do Gado, parte da comercialização tem como destino Sergipe e Pernambuco, abastecendo o mercado regional como um todo.

“A Campo do Gado chegou a Alagoas com a finalidade de reformar e ampliar a fábrica de reciclagem de produtos de origem animal que funciona nas dependências da Frigovale, transformando-a em uma unidade regional. Temos grandes perspectivas para Alagoas, que é um Estado promissor. Lembrando que é uma indústria que depende de volume para que o investimento possa ser justificado. Outro ponto importante é que contribuímos com o meio ambiente. Afinal, sem uma fábrica de reciclagem corre o risco de que todo o produto do abate seja descartado de forma irregular”, declarou Machado.

Segundo ele, além da Frigovale, a unidade já atende no Estado vários açougues e estabelecimentos que atuam com a comercialização de carne, além do Mafrial. “Nossa meta é trabalhar todo o Estado de Alagoas. Em Pernambuco coletamos material em vários matadouros e em Sergipe o frigorífico da Nutrial. Os frigoríficos que têm graxaria perceberam que não é economicamente viável ter uma fábrica dessa se não tem volume. Neste negócio a união de forças é importante para que todos possam ganhar”, afirmou.

De acordo com o empresário, que tem a sede do grupo empresarial localizada no Estado da Bahia, toda a estrutura de funcionamento da unidade alagoana foi montada com um conceito moderno, obedecendo todas as exigências ambientais dentro da legislação.

“Trabalhamos com o que há de mais moderno em inovação tecnológica existente no Brasil. No passado, as fábricas que existiam no país, pelo fato dos responsáveis desconhecerem as normas e ou por falta de investimentos, funcionavam de qualquer jeito. Mas, com o reforço no trabalho de fiscalização, todos tiveram que se adequar para poder continuar na atividade. Neste sentido, quem não se adequou teve que deixar o mercado”, esclareceu Machado.

Segundo ele, um ponto importante observado em Alagoas é o trabalho desenvolvido pelos órgãos fiscalizadores, coibindo a ação de clandestinos. “Quando chegamos aqui ficamos felizes e confiantes por perceber que as autoridades demonstraram o interesse em regularizar, por exemplo, a questão do abate no Estado. Isso nos motiva a fazer novos investimentos”, destacou.

Para o empresário, as fiscalizações realizadas nos matadouros, que não atendem as exigências sanitárias legais, também são realizadas nas graxarias e ou indústrias de reciclagem. “A fábrica não estiver trabalhando de forma correta, fatalmente será fechada”, alertou.

Para o próximo ano, o empresário declarou que, atualmente, a unidade consegue trabalhar com 50% da capacidade ociosa instalada da fábrica. “No momento, estamos funcionando com pouco mais de 600 toneladas. Até janeiro, queremos chegar a nossa capacidade atual que é de 1.200 toneladas. Mas, o nosso projeto é para duas mil toneladas por mês e, para isso, serão necessários novos investimentos”, reforçou.