Como canta Taylor Swift em uma das faixas de seu novo álbum intitulado Lover, previsto para este ano, "You Need To Calm Down", o que em tradução literal quer dizer: “Você precisa se acalmar”. Esta frase é um objetivo a ser perseguido para muitas pessoas, que acabam buscando conhecimento e conforto nos livros de autoajuda. Mas qual é o perfil deste público?

Este é um público que, cansado de comportamentos autodestrutivos, passou a buscar orientação para evitar a ansiedade e estresse gerados por uma rotina desgastante. A autoajuda se tornou o caminho dos até então solitários, para os enfrentamentos diários. E essa tática parece ter surtido efeito.

A procura crescente por livros de autoajuda colocou o gênero em ascensão e ele tem figurado entre os títulos da lista de novos best-sellers do mercado editorial brasileiro. O rápido crescimento do gênero foi notado praticamente desde os primeiros títulos surgiram, nos anos 60.

O número de vendas de livros deste estilo fez com que, em 1983, o New York Times, dos Estados Unidos, começasse a publicar os chamados “livros de aconselhamento” em uma categoria exclusiva, na tentativa de evitar que outros gêneros saíssem de vez da lista dos mais vendidos.

Acredita-se que a alta demanda deste tipo de obra se deve à leitura fácil, linguagem acessível e conteúdo que oferece respostas às dúvidas e inseguranças cotidianas. Com a frequente sobrecarga e mais exigências sobre o indivíduo, os livros de autoajuda se tornaram companheiros, estando sempre à disposição do leitor.

Ao espalhar fórmulas para um casamento mais feliz ou a conquista do sucesso, entre 1995 e 2005, os exemplares de autoajuda chegaram a um crescimento de 700%. Um estudo realizado pelo Ateliê de Pesquisa Organizacional já em 2006 mostrava a influência e percepção que profissionais têm dos livros de autoajuda. A maioria dos participantes apontou que os livros oferecem resultados práticos.

O segredo do sucesso da autoajuda pode estar na identificação que este tipo de obra gera junto ao leitor, sendo o perfil destes, atualmente, mais abrangente - diferentes idades, sexo e cargos que ocupam no mercado de trabalho.

Além disso, as temáticas abordadas trazem títulos para adolescentes, pais, mulheres, líderes, para os que buscam obter o sucesso profissional ou por mais empatia no ambiente de trabalho.

As afirmações mais frequentes no estudo citado acima são que os livros de autoajuda contribuem para entender as pessoas, melhorar o dia a dia, tomar decisões e trazer mudanças de atitudes.

O Ateliê dividiu os leitores de obras de autoajuda em cinco subgrupos: os religiosos, que sempre estão lendo; os criteriosos, que leem com frequência; enrustidos, aqueles que afirmam ser uma leitura ocasional; os complacentes, que já leram, mas não fazem parte do perfil; e os céticos, que acreditam não tirar aproveitamento da leitura.

Mas escolher um livro de autoajuda pode não ser tarefa fácil. Por isso é sempre útil contar com um auxílio. Em sua maioria, a leitura é sugerida por colegas de trabalho, amigos, parentes ou ainda por indicação de revistas e Internet.

Com a escolha feita é preciso saber tirar o máximo proveito da leitura. Algumas dicas podem facilitar a compreensão e ajudar a colocar em prática os ensinamentos “colhidos”. Para tanto, é preciso ter em mente alguns fatores:

• Pesquise sobre o autor, entenda o ponto de vista dele sobre o assunto;
• Fique atento à data da publicação, ela revela a forma de escrita e o porquê da terminologia utilizada;
• Reserve um tempo para a leitura e mantenha a concentração;
• Leia e releia as frases para absorver o conteúdo;
• Faça anotações sobre o que merece ser destacado;
• Leia sem preconceitos esteja de mente aberta para as novas ideias;
• Faça uma reflexão sobre as ideias propostas.

Siga este passo a passo, escolha seu tipo de livro preferido e tire proveito dos ensinamentos que cada obra pode lhe trazer.