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ONU adia cúpula climática para novembro de 2021

Em função da pandemia da Covid-19, COP-26 vai acontecer só no ano que vem em Glasgow, na Escócia

Por O Globo 29/05/2020 08h08
ONU adia cúpula climática para novembro de 2021
O primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez ao lado do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, na COP-25, realizada em 2019 em Madri, na Espanha - Foto: PIERRE-PHILIPPE MARCOU / AFP

A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou nesta quinta-feira (28) as novas datas em que serão realizadas as reuniões da cúpula climática que aconteceria neste ano. A COP-26 foi remarcada para ocorrer entre 1º e 12 de novembro de 2021, um ano depois do que foi previsto inicialmente, em razão da pandemia do novo coronavírus.

A conferência ainda será sediada em Glasgow, na Escócia, como tinha sido definido para este ano. A decisão foi tomada após uma reunião virtual entre a ONU, seus estados-membros e o governo do Reino Unido, que já havia proposto adiar a reunião para o final de 2021.

As conversas sobre o clima serão a maior cúpula internacional que o Reino Unido já realizou, reunindo mais de 30 mil delegados, incluindo chefes de estado, especialistas em clima e ativistas para acordar uma ação coordenada para combater as mudanças climáticas.

Embora a reunião oficial só aconteça no próximo ano, a ONU e outras entidades apelam para que os governos não ignorem questões do clima ao reabrirem suas economia após o período da pandemia. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pediu a todos os países que garantam a redução da poluição, a proteção à saúde e o apoio a setores que não favoreçam o avanço do aquecimento global.

Até agora, nenhuma das principais economias anunciou novas metas antes da cúpula, mas,segundo o Acordo de Paris, eles precisam apresentar planos novos e aprimorados. Apesar de ter ocorrido uma breve queda nas emissões de gases do efeito estufa devido aos bloqueios do Covid-19, os cientistas dizem que o planeta está a caminho de níveis perigosos do aquecimento global.

O Brasil participou da cúpula no ano passado, mas sua passagem foi marcada por polêmicas e retrocessos nas políticas ambientais do país. O presidente Jair Bolsonaro chegou a cogitar sair do Acordo de Paris, mas voltou atrás.