Municípios

Em coletiva, Rui Palmeira descarta necessidade de lockdown em Maceió

Ainda de acordo com o prefeito, os bairros mais afetados tiveram reforço na fiscalização

Por TNH1 26/05/2020 12h12
Em coletiva, Rui Palmeira descarta necessidade de lockdown em Maceió
Prefeito Rui Palmeira e secretário municipal de saúde, Tomás Nonô - Foto: Assessoria

Em coletiva online à imprensa na manhã desta terça-feira (26), o Prefeito de Maceió, Rui Palmeira, e o secretário municipal de saúde, José Tomás Nonô, falaram sobre as ações de combate que estão sendo desenvolvidas na capital alagoana contra o coronavírus.  

"Continuamos desinfectando áreas públicas, distribuindo cestas básicas e kit merendas e e reforçando a fiscalização", disse o prefeito de maceió. 

Ainda de acordo com Rui Palmeira, os bairros mais afetados em Maceió tiveram reforço na fiscalização. Mas o gestor reconheceu a dificuldade de fiscalizar, principalmente quando os próprios agentes fiscalizadores, como guardas municipais e policiais militares, também foram afastados das ruas por suspeita de contaminação. "São 70 guardas com casos confirmados e, pelo que soube, cerca de 400 policiais militares", contou o prefeito.

Lockdown

Com relação a um novo decreto e a possibilidade de lockdown, Rui Palmeira disse que não entende como uma medida factível, tirando como exemplo o que aconteceu em outras cidades do Brasil. "O meu entendimento é que já endurecemos todo o possível, o trabalho agora é de convencimento", disse o prefeito de Maceió. De acordo com Palmeira, no último domingo, a cidade chegou a registrar 59% na taxa de isolamento.  

Ainda com relação ao lockdown, o secretário municipal de saúde, José Thomaz Nonô, destacou que só impor normas não resolve. "Só lei não resolve, o enfoque é convencer e conscientar. A questão só evolui se as pessoas tiverem clareza e forem convencidas. Por isso estamos adotando o bom e velho carro de som, para rodar principalmente nos locais com maior fluxo e aglomeração de pessoas", disse o secretário. 

O prefeito de Maceió respondeu também sobre a pressão para a reabertura do comércio. "Neste momento não dá pra se pensar em reabrir muitas coisas, como bares e restaurantes. A gente tem se baseado em protocolos técnicos para isso. Quando a curva for achatada, podemos repensar em reabrir alguns segmentos", explicou Rui Palmeira.

Unidades Sentinelas

Outra estratégia do município de Maceió no combate à Covid-19 são as unidades chamadas "sentinelas", destinadas para triagem de sintomas gripais e de coronavírus. As três unidades em funcionamento em Maceió, no Graciliano Ramos, na Santa Amélia e no Novo Mundo, já fizeram mais de 6 mil atendimento e 3 mil testes para Covid-19.

O prefeito e o secretário anunciaram que mais uma unidade sentinela vai ser inaugurada esta semana, dessa vez no bairro de Jacarecica. E uma outra unidade está sendo viabilizada para funcionar ao lado do PAM Salgadinho. 

De acordo com José Thomaz Nonô, até o último dia 24, 695 casos foram confirmados através dessas unidades. "O objetivo também com essas unidades é deixar um legado para a saúde pública, com tudo equipado", disse o secretário.

Ainda de acordo com ele, a unidade ao lado do PAM se chamará Dra Eliane Machado, em homenagem à médica que faleceu em Maceó, vítima de coronavírus, 

Nonô  destacou ainda que é fundamental que as pessoas se atentem aos sintomas iniciais e que procurem aendimento ainda nessa fase. "Nós estamos recebendo pacientes em estágio avançado e queremos focar na porta de entrada, no acompanhamento dos sintomas iniciais, para que essa pessoa seja tratada e diagnosticada e não precise de um internamento", enfatizou o secretário.  

O secretário municipal de saúde ainda aproveitou para enaltecer e parabenizar o trabalho dos servidores da saúde que estão na linha de frente no combate ao coronavírus. "São 3.900 servidores exemplares, que trabalham de forma irrepreensível", enfatizou José Tomás Nonô.

Recursos Federais

Questionado sobre os recursos do Governo Federal, o prefeito Rui Palmeira disse que o auxílio emergencial aos municípios ainda não foi pago e que a expectativa é que sejam quatro parcelas, com a primeira paga a partir do mês de junho.