Economia

Associação Comercial pede planejamento na retomada das atividades econômicas

Em nota, a requisição é para que seja realizada uma retomada gradativa do comércio

Por Tainá Anselmo/estagiaria com *Sobe supervisão 26/03/2020 16h04
Associação Comercial pede planejamento na retomada das atividades econômicas
Foto: Reprodução

Associação Comercial De Maceió e a Federação Das Associações Comerciais Do Estado De Alagoas lançaram uma nota conjunta ao público afirmando seu apoio às medidas decretadas para conter o novo coronavírus (covid-19) e pedindo que sejam realizadas medidas também para tomada gradual das atividades econômicas no estado.

 Visando a melhor forma de manter a economia, para os serviços básicos não faltarem a população, sem que as medidas preventivas à covid-19 sejam negligenciadas.

“Muito tem sido discutido e proposto em relação ao manejo da pandemia de Covid-19 focando em isolamento social, quarentena, fechamento em massa de empresas e negócios, uma virtual parada da atividade econômica. Frequentemente esta discussão é colocada de forma bastante simplista, “basta ficar em casa” e “salvar vidas é mais importante do que a economia”. Isto desconsidera o enorme impacto humanitário e social de uma recessão econômica profunda, que afeta principalmente os segmentos mais vulneráveis da população. Logo, não há que se negar a existência de nítidas evidências científicas claras de que recessão em países em desenvolvimento, e mesmo em países desenvolvidos, aumenta a mortalidade em geral, em especial nos grupos sociais e economicamente mais vulneráveis”, registrou a nota conjunta.

As Associações redigiram medidas para tentar resolver este empasse de ecomonimaXpandemia;

Que são as seguintes:

a) Iniciar imediatamente o planejamento da retomada da atividade econômica, formando um comitê que inclua lideranças empresariais, com objetivo de que a reabertura gradativa aconteça a partir do dia 31/03/2020, ou seja, após o transcurso do prazo de 10 (dez) dias fixado pelo Decreto Estadual n.o 69.541/2020 para duração das medidas ali determinadas;

b) Destravar, ainda que gradativamente, os segmentos do setor produtivo para evitar um colapso econômico e social sem precedentes;

c) Focar estratégia de quarentena e isolamento para os grupos de risco (o chamado “isolamento vertical), liberando parte da força de trabalho para retorno às atividades, priorizando, quando possível, o home office;

d) Permitir que as empresas operem com horário ampliado, para evitar aglomerações e possam distribuir os atendimentos;

e) Determinar o funcionamento das indústrias, do comércio e de serviços, mesmo que sob regime de escalas e com suas equipes alternadas, caso o setor produtivo tenha essa possibilidade (adequando a cada tipo de segmento);

f) Determinar que os segmentos de serviços, comércio varejista e atacadista, mantenham o controle de acesso dos clientes, respeitando as distâncias mínimas e fornecendo meios para a higienização dos colaboradores e clientes, como condições para seu funcionamento;

g) Fornecer equipamentos de proteção para os colaboradores de vendas, produção e entrega, os quais possam, de alguma forma, ter contato com outras pessoas;

h) Garantir aos colaboradores que se enquadram no grupo de risco fiquem de quarentena;

i) Retorno de atendimento mínimo em todas os órgãos da administração pública direta;

j) Criação de canais de atendimento via whatsapp, telefone e e-mail por parte de todos os órgãos estaduais, para recebimento de documentos e solicitações, com atendimento imediato, maximizando a automatização dos processos e a digitalização do governo;

k) Possibilidade de retirada de produtos no local, através de sistema de drive-thru ou outro ponto no estabelecimento;

l) Realização de campanhas publicitárias de conscientização sobre a necessidade de retomada econômica e de minimização do medo de sair de casa incutido na população pelo momento pandêmico atual, proporcionando que as populações de baixo risco voltem a circular e viver suas vidas de maneira mais próxima da normalidade.

No fim as entidades firmam novamente seu apoio às medidas de prevenção, dizendo que levam o assunto com responsabilidade e prioridade a integridade do povo Alagoano. “apoio e orientação a seus associados e prezar pela sobrevivência do setor produtivo, setor este fundamental para manutenção dos empregos e renda e para a subsistência de todos, assim como para o custeio e viabilidade da própria atividade estatal, sem o qual o Estado amplamente concebido (União, Estados e Municípios) não deteria condições de custear suas atividades essenciais nem mesmo seu funcionalismo; porém, tudo isso, tendo como premissa e prioridade totais a adoção, manutenção, colaboração e compromisso com todas as medidas indicadas pelo Ministério da Saúde como essenciais para preservação das vidas, saúde e integridade dos cidadãos alagoanos e brasileiros em geral”.