Logo depois do alerta, feito pelas cooperativas que operam o programa no estado (Coopaz, Pindorama, CPLA, Cafisa e Aagra), a Secretaria de Agricultura de Alagoas e o Minustério do Desenvolvimento Social conseguiram assinar, no último dia 06, um aditivo que assegura recursos de R$ 10 milhões, sendo R$ 5 milhões para 2018 e o restante para 2019. Antes o valor era de R$ 30 milhões.

Mesmo com a assnatura do aditivo, os recursos não foram repassados. Conforme informações da Seagri, o MDS cobrou o depósito simultâneo de contrapartida, que não pode ser realizado no dia 06, em função do fechamento das agências bancárias, devido o jogo do Brasil na copa do mundo.

Os prazos seriam agora o novo problema, devido a impedimento da legislação eleitoral os recursos - se não houver aval jurídico - só poderam ser repassados após as eleições de outubro.

Renan Filho, anunciou na semana passada que não deicará o programa acabar em Alagoas. A solução? Seria o estado antecipar contrapartidas do programa, até que saia um entendimento com o MDS, em Brasília.

Antônio Santiago, secretário de Agricultura, está preocupado com o programa: "estamos esperando uma definição do MDS sobre o repasse de recursos. O que temos assegurado garante o pagamento aos produtores até o final deste mês", confirma.

O programa garante atualmente à distribuição de mais de 40 mil litros de leite por dia, beneficiando por volta de 80 mil famílias (a distribuição é feita usando a média de 4 litros por semana para cada beneficiário)nos 102 municípios de Alagoas.

Programa do leite

Em Alagoas o programa do leite tem duas faces. No campo, assegura a inclusão produtiva de mais de 3 mil agricultores familiares. Na cidade, a distribuição diária de 50 mil litros de leite atende 80 mil famílias (cada uma recebe 4 litros por semana).

O leite chega para famílias que estão sob risco nutricional, atendendo principalmente lares onde tem crianças, gestantes e nutrizes.

Por conta de cortes no orçamento federal, o programa do leite já foi reduzido em Alagoas, no ano passado, de 80 mil para 50 mil litros por dia.

Agora, a situação é mais grave. O valor anunciado pelo MDS só dá para manter o programa por mais dois meses, no máximo. Depois disso, o corte poderá ser total.