Hóspede em um dos mais conhecidos hotéis de Maceió, um empresário confidenciou durante reunião, de trabalho nessa sexta-feira, 28, a um colega com quem trabalha regularmente: “tomei um susto ao ver chegar uma mala de dinheiro no quarto ao lado”.
Logo o colega o tranquilizou: “não se preocupe, é o dinheiro para comprar votos que está começando a ser distribuído”.
Na reta final da campanha, a negociação de compra de votos se intensificou. Alguns candidatos estão chegando agora no “mercado”, em busca das “sobras”.
O valor médio é de R$ 100, por voto. Mas a essa altura, tem gente oferecendo um pouco menos. Isso porque os maiores compradores já encerraram suas compras, enquanto outros não conseguiram cumprir os acertos.
Flagrar a compra de votos não é fácil. Esse é um negócio q tem muita cumplicidade, de lado. Será preciso usar a inteligência e, se possível, “seguir” o dinheiro.
Além de conhecidos agiotas, PF e Ministério Público Eleitoral podem montar vigilância em hotéis de luxo, montar blitzes em pontos estratégicos e tentar monitorar movimentações “estranhas” em bairros periféricos de Maceió a partir da próxima terça-feira.
Não será fácil pegar alguém com a mala preta na mão, mas a vigilância pode no mínimo inibir a fraude.