Com o mandato de deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitora, como registrei aqui esta semana, Cícero Almeida deve deixar a vida pública – ao menos temporariamente.

O ex-deputado perdeu a cadeira de deputado federal por infidelidade partidária, mas dificilmente perderá o título de ‘campeão da troca de partidos’ em Alagoas e, considerada a atual legislatura, em todo o Brasil.

Desde 2000 quando foi eleito vereador, Almeida trocou de legenda 12 vezes. Durante o curto mandato na Câmara dos Deputados ele passou por quatro partidos (PRTB, PSD, MDB e PHS). Ninguém conseguiu superar ele nesse quesito desde o início do seu mandato, em 2015.

Para o presidente do PRTB em Alagoas, Adeilson Bezerra, a Justiça, no caso de Cícero Almeida, veio tardia. “Esperávamos que a decisão tivesse saído muito antes. Pelo menos comprova que estávamos certos”, pondera.

Quanto ao desfecho do caso, Bezerra acredita que nesta sexta-feira, 16 ou no máximo na segunda-feira 19 o primeiro suplente do PRTB, Val Amélio terá assumido a vaga: “o Cícero está colhendo o que plantou. Tentamos evitar isso. Infelizmente ele não nos ouviu”, diz.

O PRTB nacional entrou com o processo de infidelidade partidária que resultou na cassação de Almeida. Não sem antes ter tentado o entendimento com o agora ex-deputado.

“Chegamos a conversar várias vezes com o Cícero, fazendo ver que tanto ele quanto o partido iriam perder com a saída dele. O PRTB foi prejudicado porque ficou sem representação partidária na Câmara dos Deputados e, diante das circunstâncias, agiu em defesa dos interesses partidários, preconizando o que está previsto na legislação”, aponta Bezerra.