Política

Amigo de Bolsonaro é indicado para cargo na Petrobras

Presidente participou de propaganda política de capitão curitibano em 2016

Por Diário do Centro do Mundo 11/01/2019 08h08
Amigo de Bolsonaro é indicado para cargo na Petrobras
Foto: Pedro Ladeira

Reportagem de Nicola Pamplona na Folha de S.Paulo informa que, apontado pelo presidente Jair Bolsonaro como “amigo particular” em uma de suas campanhas políticas, Carlos Victor Guerra Nagem foi indicado pela direção da Petrobras para a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da estatal. A empresa defende a indicação dizendo que Nagem é empregado da companhia há cerca de 11 anos e tem o currículo adequado para a vaga. Atualmente lotado em Curitiba, o novo gerente nunca havia ocupado cargo comissionado na estatal.

De acordo com a publicação, a informação foi revelada pelo site de extrema-direita Antagonista e confirmada pela Folha. A gerência executiva, para a qual Nagem foi indicado, é o segundo cargo mais alto na hierarquia da Petrobras, abaixo apenas da diretoria executiva, com salário em torno de R$ 50 mil —a estatal não divulga os vencimentos de seus empregados. Nagem já se candidatou a cargos públicos pelo PSC duas vezes sob a alcunha Capitão Victor, em referência a seu histórico na Escola Naval, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger em nenhuma das duas ocasiões.

Em 2002, disputou vaga de deputado federal pelo Paraná e em 2016, a vereador da capital paranaense. Nessa campanha, contou com o apoio do atual presidente da República, que aparece em vídeo pedindo votos para aquele que chama de “amigo particular”. “É um homem, um cidadão que conheço há quase 30 anos. Um homem de respeito, que vai estar à disposição de vocês na Câmara lutando pelos valores familiares. E quem sabe no futuro, tendo mais uma opção para nos acompanhar até Brasília”, diz Bolsonaro no vídeo. O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, negou em entrevista à Folha que a indicação tenha motivação politica. Ele defendeu a experiência de Nagem na área, dizendo que o indicado trabalha há seis anos na área de segurança empresarial da Petrobras, completa a Folha.