Política

Prefeitura paga R$ 27,80 por achocolatado para a merenda escolar

Por Blog do Edivaldo Junior 21/02/2019 13h01
Prefeitura paga R$ 27,80 por achocolatado para a merenda escolar

A “revelação” foi publicada na última sexta-feira, 15, em um blog anônimo local, hospedado na plataforma blogspot.com.

A informação é de que “o prefeito Padre Eraldo (de Delmiro Gouveia) compra carcaça de frango kg com valor de R$ 7,20 (Sete reais e vinte centavos)”. Segundo o blog, a carcaça de frango chega a custar o preço de R$3,20 ( Três reais e vinte centavos) no mercado de aves.

“Outro item que tem seu preço superfaturado é o litro do achocolatado comprado no valor de R$ 27,80 (Vinte e sete reais e oitenta centavos).O preço do litro no supermercado o preço do litro do achocolatado custa R$ 5,00 (Cinco reais)”.

De fato a informação procede, mas carece de algum esclarecimento.

Os v alores fazem parte de licitação (pregão presencial 01/2018) realizado no início do ano passado pela prefeitura de Delmiro Gouveia para a compra de alimentos para a alimentação escolar dentro do PNAE.

Os valores da carcaça de frango, realmente, estavam acima dos valores praticados à época. Mas, confesso, não encontrei base de comparação que apontasse para um sobrepreço de mais de 100%.

No caso do achocolatado, uma correção precisa ser feita. A licitação trata da compra de achocolatado em pó (mais da metade é açúcar) e não o achocolato fluído (tipo longa vida).

Ainda assim, a diferença de valores remete a uma diferença de preço que precisa, de fato, ser investigada ou no mínimo explicada pela gestão do prefeito Eraldo Cordeiro.

Nos supermercados marcas mais caras têm um custo abaixo de R$ 20 por kg. Mas quando se produtos destinados a merenda escolar a diferença é muito maior.

Em média o produto tem sido vendido por preços que variam entre R$ 12 e R$ 14 (veja reprodução abaixo), ou seja metade do valor pago pela prefeitura de Delmiro Gouveia.

Produtos do tipo achocolatado estão disponíveis a preços bem mais baixos em vários registros de atas de preço Brasil afora. Além disso, a prefeitura poderia ter realizado pregão eletrônico, modalidade de concorrência que aumentaria bastante as chances de aquisição do mesmo produto por um preço bem menor. Porque não fez? Fica a pergunta para o prefeito do município, que homologou a licitação.