Política

Renan Filho usa o Twitter para se posicionar contra o ministro de Bolsonaro

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou que serão feitas mudanças no conteúdo dos livros didáticos do país no que diz respeito ao golpe militar de 64

Por Blog do Edivaldo Junior 08/04/2019 09h09
Renan Filho usa o Twitter para se posicionar contra o ministro de Bolsonaro

Durante a semana que marcou discussões e diferentes pontos de vista sobre o golpe militar de 1964 no Brasil, o ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou que serão feitas mudanças no conteúdo dos livros didáticos do país sobre a ditadura que se seguiu durante 21 anos.

O anúncio do ministro, feito na quinta-feira, 4, se levado adiante não deve ter efeito prático em Alagoas.

O governador Renan Filho afirmou, nesse sábado, 6, em sua conta no Twitter, que Alagoas não deverá adotar as mudanças defendidas por Rodríguez.

“Antecipo: se o ministro da Educação, Ricardo Vélez, inventar de rever nossa história vou proteger nossos livros, alunos e professores. Esse cara, que teima em permanecer no cargo, que vive no cai e não cai, não pode brincar com fatos históricos brasileiros. #BacktoColombiaVelez”, afirma Renan Filho.

Ainda no Twitter, o governador “pediu” para o ministro parar de brincar com coisa séria.

“Pára de brincar com coisa séria, ministro Ricardo Velez. Com a tranquilidade de um rio que corre para o mar, toda comunidade educacional brasileira resistirá a ti, enquanto tentares camuflar sua incapacidade de gestão com essa falsa cortina de fumaça”, diz o governador.

O que diz o ministro

Veja texto da Folha de São Paulo sobre a posição de Velez

Ministro diz que não houve golpe em 1964 e que livros didáticos vão mudar

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou que serão feitas mudanças no conteúdo dos livros didáticos do país no que diz respeito ao golpe militar de 1964 e a ditadura que se seguiu durante 21 anos.

Para o ministro, não houve golpe, e o regime militar não foi uma ditadura. As declarações foram dadas em entrevista ao jornal Valor Econômico. “Haverá mudanças progressivas [no conteúdo dos livros didáticos] na medida em que seja resgatada uma versão da história mais ampla”, afirmou Vélez.

“O papel do MEC é garantir a regular distribuição do livro didático e preparar o livro didático de forma tal que as crianças possam ter a ideia verídica, real, do que foi a sua história.”

Segundo o ministro, o golpe em 31 de março de 1964 foi “uma decisão soberana da sociedade brasileira” e a ditadura um “regime democrático de força”.