Política

Após decisão do STF, ex-presidente deve pedir soltura imediata

Lula já cumpriu um sexto de sua pena e aguardava deliberação do Supremo

Por UOL 08/11/2019 10h10
Após decisão do STF, ex-presidente deve pedir soltura imediata
Reprodução

Os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, que defendem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), informaram que pedirão já nesta sexta a soltura imediata do petista depois da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) vetando a execução da pena após condenação em segunda instância. 

O Supremo retomou o entendimento de que um réu só pode cumprir pena depois de esgotados todos os recursos. Lula já foi condenado em três instâncias no caso do tríplex, da Operação Lava Jato, mas ainda pode recorrer ao STF.

Zanin irá se reunir com Lula na sala em que cumpre sua pena de mais de oito anos de prisão na sede da Superintendência da PF (Polícia Federal) em Curitiba. Há expectativa que a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, participe do encontro. Apenas após essa reunião, Zanin deverá protocolar o pedido para análise da juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal no Paraná, responsável pela execução da pena de Lula. 

Lula está preso desde 7 de abril de 2018. Ele foi sentenciado a mais de oito anos de prisão no processo do tríplex, que o ligou a um esquema de corrupção envolvendo contratos entre a Petrobras e a empreiteira OAS. 

O ex-presidente já cumpriu um sexto de sua pena e aguardava uma decisão do Supremo a respeito de um recurso para ir ao regime semiaberto. A Lava Jato já havia se mostrado favorável a que Lula deixasse o regime fechado.