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Programa da rede Globo debocha de Bolsonaro com referência a Queiroz e ‘kit gay’

Por Redação com Tribuna Hoje 16/01/2019 14h02
Programa  da rede Globo debocha de Bolsonaro com referência a Queiroz e ‘kit gay’

a estreia da sexta e última temporada do programa “Tá no Ar: a TV na TV”, da Rede Globo, que foi ao ar na noite desta terça-feira (15), o comediante Marcelo Adnet adotou um tom crítico e de deboche ao presidente Jair Bolsonaro.

O quadro foi uma paródia do seriado mexicano Chaves, que no Brasil sempre foi transmitido pelo SBT, agora transformado na “Vila Militar do Chaves”.

Vestido de militar, Adnet interpreta o novo “dono da vila”. Assim que ele aparece, Chiquinha solta um “Ele Não” — referência aos protestos durante a campanha contra a candidatura de Bolsonaro.

O comediante não cita o presidente pelo nome mas reproduz a voz, os trejeitos e as falas clássicas de forma inconfundível:

“É isso mesmo. Eu sou o novo dono dessa vila. Depois de anos de má incompetência e má administração, eu vim resolver essa questão”, diz.

Vários personagens são chamados de “VA-GA-BUN-DO” por motivos diferentes: o seu Madruga, por estar desempregado; o Chaves, por morar em um barril; além do professor Girafales, a quem acusa de pregar “ideologia de gênero” e difundir o “kit gay” e o “darwinismo”.

Depois, o personagem de Adnet diz que Chiquinha pode até chorar, que ele entende, mas acusa seu pai de ter “dado um fraquejada” — em referência a uma fala de Bolsonaro sobre sua única filha mulher.

“Pode parar com esse mé-mé-mé e pi-pi-pi. Essa geração dos vermelhos. Você chorar, eu até entendo, porque seu pai deu uma fraquejada”, diz o militar apontando para ela.

Quando dona Florinda e o Kiko aparecem, o “dono da vila” faz referência a ela ser mãe solteira e estar usando azul.

“Tá tudo errado essa família ai. Você vestindo azul, sem nenhum homem na casa. Tá tudo errado isso ai. Por isso que seu filho é afeminado”.

Depois, ele ameaça demitir a plateia em uma referência irônica às exonerações promovidas pelo ministro Onyx Lorenzoni na Casa Civil.

“A plateia está demitida.,.. não, perai vou voltar atrás. Não posso demitir a plateia, porque demitiram quem demitiria a plateia”.

No final, quando o “dono da vila” vai embora, ele chama “o motorista emprestado por seu filho”, citação ao caso do ex-motorista do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, investigado por movimentação de 1,2 milhão de reais em sua conta em um ano.

“Aliás, rapazes, cadê meu motorista que meu filho emprestou? Não pode vir?”, encerra.