Agro

Coopaq retoma a atividade do coco no Litoral Norte

Por Bccom Comunicação 21/12/2018 10h10
Coopaq retoma a atividade do coco no Litoral Norte

Com a comercialização de 38 itens produzidos por agricultores familiares, a Cooperativa dos Agricultores Qualificados - Coopaq vem desenvolvendo um trabalho que gera desenvolvimento e renda para os municípios do litoral norte de Alagoas, beneficiando mais de 80 pequenos produtores de áreas de assentamos rurais.

Com a sede localizada no Distrito Industrial de Matriz do Camaragibe, a Coopaq tem como principal ramo de atuação a fruticultura com a comercialização de abacaxi, banana e agora um novo mercado desponta com o incentivo a cultura do coco, que se transformou no carro-chefe da associação.

“Nós temos essa característica e que passamos para os cooperados que a diversificação e não apenas trabalhar a monocultura. Pra gente, é interessante ter um produto carro-chefe para que possamos ter ser referência, mas sem deixar de termos outras opções de produtos”, declarou Rômulo Dantas, presidente da Coopaq, lembrando que, em média, os cooperados contam com uma área plantada de até seis hectares.

Segundo ele, o coco que vem dos associados segue para a sede da cooperativa onde é descascado e depois beneficiado, sendo comercializado com os mercados alagoano, a exemplo da parceria firmada com a Coopaiba, localizada no município de Piaçabuçu, e nacional com a venda para o Mato Grosso, onde é processado pelas indústrias locais.

Por semana, cargas de coco seco, com quase cinco mil quilos, deixam de Matriz do Camaragibe com destino a Piaçabuçu. “A gente tinha um mercado institucional e com os resorts da região. Mas, com a parceria firmada com a Coopaíba, a gente intensificou e ampliou as vendas, direcionando o pessoal que planta coco a um novo mercado” ressaltou Rômuldo, declarando que são comercializados cocos com peso superior a 400 gramas (g).

De acordo com ele, a produção de coco já existia na região, mas que sofria com a carência de incentivos, que, segundo Rômulo, vieram com uma melhor remuneração. “Precisávamos de um valor agregado que estimulasse o produtor a investir, fazer a limpeza e a colheita, aumentando a produtividade” afirmou.

Segundo o presidente da Coopaq, o objetivo da cooperativa é aumentar o trabalho de produção e de renovação de mudas com a finalidade de ampliar a área plantada nos municípios locais. “Estamos de portas abertas para que outros agricultores possam vir conhecer a Coopaq e o nosso projeto para que possamos vender cada vez mais”, declarou.

“Estamos incentivando os produtores para ampliar a produção. Trabalhamos com os agricultores familiares. Vendemos para onde houver pedidos. É uma atividade que vem crescendo e que tem um futuro promissor”, afirmou diretor comercial da Coopac, Manoel Messias dos Santos.

Assistência técnica

De acordo com Geraldo Vitorino, técnico em agropecuária da Coopaq, sem o devido incentivo, a realidade da cultura do coco nos assentamentos localizados era de abandono.

Parte dos coqueirais que ainda resistem em áreas do litoral norte do Estado precisam de adubação e demais tratos culturais, tendo sido penalizados pela dificuldade econômica dos produtores.

“Essa é a realidade dos assentamentos. Os coqueirais já existiam antes mesmo das áreas virarem assentamentos e não receberam os cuidados necessários. Afinal, eles têm a cultura como extrativismo e não como produção. Então a cooperativa conta com alguns associados nestas áreas, dando a devida orientação e acompanhamento técnico”, afirmou Vitorino.

Segundo ele, por meio da cooperativa, foram firmados convênios com empresas que ajudam neste trabalho de acompanhamento das áreas de coqueirais. “Eles recebem a orientação na análise de solo. Com a devida orientação o trabalho de correção foi executado e a adubação realizada de forma adequada, assim como o coroamento. Todo este esforço tem o propósito de melhorar a produção já existente para que no futuro possamos ampliar este plantio já que temos onde comercializar o produto”, reforçou.

De acordo com o técnico, a região conta com longas áreas plantadas de coqueiros, mas muitas delas com produção mínima. “Se uma planta dá 10 cocos, com o devido manejo pode chegar até a produzir 50 cocos”, afirmou ele, alertando que muitos produtores utilizam a adubação inadequada da cana que tem outra função.