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Setor da cana aposta em retomada de crescimento

Por Bccom Comunicação 07/01/2019 10h10
Setor da cana aposta em retomada de crescimento
reprodução: internet

Após anos de forte redução de safra, o setor sucroenergético se encaminha para a segunda metade da safra 2018/2019 com a expectativa de retomar o processo de crescimento, gerando mais emprego e renda, movimentando a economia alagoana.

“Teremos essa primeira safra, depois do pior ciclo de moagem da cana registrado em Alagoas,e a esperança de reinicio do processo de recuperação de produção, a partir de uma aparente normalização climática e a realização de uma produção maior que a safra anterior. Isso é o que mais interessa a um produtor, além de um cenário de mercado ligeiramente melhor que o ocorrido na moagem passada”, afirmou o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério Nogueira.

De acordo com o representante das 15 unidades industriais canavieiras em atividade neste ciclo da cana, o setor não se encontra no seu patamar histórico de produção, “mas saímos da queda e estamos retomando o processo de recuperação”, declarou entusiasmado.

Para ele, o ciclo 18/19, que deverá ser finalizado entre os meses de março e abril, é considerado uma safra melhor em todos os sentidos. “Este sentimento é observado tanto em termos de volume, quanto de ambiente de comercialização”, ressaltou.

Nogueira informou ainda que outro fator importante que norteia o setor está na expectativa da implementação da venda direta do etanol das usinas para os postos de combustíveis, acabando com a participação de intermediários neste processo e reduzindo o valor do biocombustível nas bombas para o consumidor.

“É uma reivindicação muito forte que surgiu com a greve dos caminhoneiros, dentro de um raciocínio de racionalização do movimento de combustíveis no Brasil. No caso de Alagoas e dos produtores de etanol, a venda direta está entre as novidades positivas que ocorreram em 2018, apesar de só passar a vigorar neste ano. Será um ganho para todos. Afinal, tirando os intermediários também se tira uma etapa neste processo de comercialização, havendo redução de custos, racionalizando e distribuindo a renda entre os agentes envolvidos, beneficiando o consumidor e resultando mais vendas”, reforçou o Presidente do Sindaçúcar-AL.

Para ele, um passo mais importante para a retomada do crescimento do setor foi a aprovação do novo regime de ICMS no Estado de Alagoas. “Trata-se de uma aspiração de muitos anos dos produtores, implementada pelo Governo Renan Filho, que tomou essa medida histórica, equiparando o regime fiscal de Alagoas com os demais estados nordestinos e parte do centro/sul. Essa iniciativa vai fazer com que a nossa competitividade melhore, além da entrada dos produtos alagoanos nos outros mercados do Nordeste, como sempre se verificou em anos passados. Isso representa o crescimento da nossa produção, emprego e renda”, destacou.