Agro

Reunião do Consecana avalia preço final da safra 18/19

Foi avaliado o que foi produzido pelo setor sucroenergético no ciclo passado da cana, além de uma revisão nos custos de produção

Por Assessoria 30/08/2019 10h10
Reunião do Consecana avalia preço final da safra 18/19
Divulgação

Representantes do Conselho de Produtores de Cana-de-açúcar e Etanol dos Estados de Alagoas e Sergipe (Consecana-AL/SE) participaram, na manhã desta quinta-feira, 29, da reunião de fechamento da safra, onde foi avaliado o que foi produzido pelo setor sucroenergético no ciclo passado da cana, além de uma revisão nos custos de produção.

“Além de também discutirmos o que foi vendido de etanol e de açúcar (cristal e VHP), onde foi feita uma apuração para se colocar no mix e repassar para o fornecedor de cana. Fizemos o fechamento anual com o preço final da safra. Com isso, o fornecedor pode fazer o encontro de contas com as usinas e ter algum dinheiro a receber”, declarou o presidente da Asplana e do Consecana, Edgar Filho.

De acordo com o dirigente do setor sucroenergético, outra pauta importante apresentada na reunião está na reivindicação dos fornecedores quanto a revisão os preços dos custos de produção.

“Eles estão defasados. Tudo aumentou, a exemplo de salário do trabalhador rural e óleo diesel. Precisamos que o Consecana acompanhe essa mudança e repasse essa atualização para o fornecedor para que ele possa ter um preço mais justo e se manter na atividade”, afirmou Edgar.

Segundo ele, o preço que está sendo praticado hoje na ATR, torna inviável a produção de cana por parte do fornecedor. “Mas, havendo essa atualização dos custos que existem no campo, nós vamos continuar produzindo, gerando emprego e renda para o Estado de Alagoas”, reforçou.

O presidente da Asplana informou ainda que está sendo avaliado o repasse destes custos dentro da própria fórmula do Consecana.  “Hoje, os custos que estão sendo repassados para o fornecedor giram em torno de R$ 42 para se plantar um hectare de cana. Mas, para nós, na realidade, este valor fica entre R$ 85 a R$ 90. É uma diferença muito grande. Se conseguirmos colocar isso na fórmula, teremos um pouco de ganho na ATR e um preço mais justo de cana padrão para o fornecedor”, declarou.

Segundo ele, para que essa revisão ocorra é necessário que seja fechado um acordo com os industriais do setor. “É um processo de convencimento para que possamos avançar neste sentido. Estamos fazendo uma reivindicação em números e não em teoria”, finalizou.