Agro

Asplana aposta em crescimento em 2020

A meta do setor é recuperar a produção perdida e conquistar bons resultados para o mercado

Por Redação 23/12/2019 16h04
Asplana aposta em crescimento em 2020

Com a safra 19/20 praticamente na sua metade, o presidente da Associação dos Produtores de Cana de Alagoas – Asplana, Edgar Filho, afirma que a moagem – iniciada em agosto passado – é considerada positiva e que as perspectivas para o próximo ano são otimistas para todo o segmento canavieiro alagoano.

“A safra está sendo boa para o fornecedor de cana e para o setor como um todo em Alagoas. As usinas estão pagando com todas elas cumprindo com as obrigações e pagando a matéria-prima fornecida pelos produtores rurais. Isso nos anima para que a gente possa continuar investindo no canavial e produzindo no Estado”, declarou Edgar Filho.

Segundo o dirigente do setor, que representa mais de sete mil fornecedores de cana de Alagoas, as chuvas que ocorreram no Estado ajudaram na brotação da socarias e no melhor desenvolvimento da cana plantada no inverno. “Foi fantástica essa chuva. Ela nos dá uma projeção ate maior de crescimento para a moagem. Estamos estimando chegar a 19 milhões de toneladas de cana processada ou até superar este número”, reforçou.

De acordo com o presidente da Asplana, a meta do setor é recuperar a produção perdida e poder chegar ao marco histórico registrado no Estado que foi de 25 milhões de toneladas de cana beneficiadas.

“Quando se tem a esperança e se observa o setor se reerguendo de forma sólida, todos renovam suas apostas para plantar e até renovar as unidades industriais, além de ampliar as áreas de cultivo. Temos lembrar que a Asplana capitaneou a proposta de redução do ICMS que foi de fundamental importância para viabilizar as usinas e mudar o cenário que Alagoas vivia. Antes deste processo todo, as unidades não conseguiam pagar os fornecedores e se fechava uma unidade atrás da outra em Alagoas”, lembrou.

Para Edgar Filho, atualmente, o setor está equilibrado com expectativas positivas com um cenário de abertura de novas indústrias, usinas mais viáveis, ampliação de campo de fornecedor, resultando em mais emprego e renda para Alagoas.

Segundo ele, agora, as usinas do Estado conseguem competir no mercado interno. “Isso não estava acontecendo. As usinas de Pernambuco colocavam açúcar aqui em Alagoas com preço menor que o nosso. Nós só produzíamos açúcar VHP que estava com preço baixo, fazendo com que as usinas operassem no vermelho. Agora, com a redução do ICMS nós conseguimos produzir açúcar cristal e competir com Pernambuco, além de produzirmos mais etanol. Tudo isso vai mudando o nosso mix, beneficiando o fornecedor de cana alagoano”, destacou.

Para o dirigente, a proposta da venda direta, que tramita nas comissões da Câmara dos Deputados, é outro fator positivo neste cenário do setor sucroenergético alagoano. “Com ela, todo mundo ganha. Não apenas o industrial, mas principalmente o consumidor. Afinal, com a venda direta a tendência é que o preço caia nas bombas. Alagoas é um dos Estados produtores de etanol que ainda vende mais caro o combustível nos postos”, finalizou.