Agro

Safra 19/20 de cana será menor que o esperado em Alagoas

Segundo o Sindaçúcar-AL, a falta de chuva durante o verão foi muito forte na região canavieira do Estado

Por Blog do Edvaldo Júnior 25/02/2020 13h01
Safra 19/20 de cana será menor que o esperado em Alagoas
Reprodução

A safra de cana-de-açúcar 2019/2020 será menor do que o esperado em Alagoas. A projeção inicial era de 19 milhões de toneladas, foi revista para 18 milhões de toneladas e agora a estimativa é de uma produção na casa de 17 milhões de toneladas.

O que derrubou todas as expectativas foi a falta de chuvas – ou melhor o atraso na precipitação pluviométrica.

As chuvas de fevereiro ajudam a manter o canavial e a melhorar as estimativas para a próxima safra, mas terão pouca influência no ciclo atual, segundo estimativa do departamento técnico do Sindaçúcar-AL.

“Inicialmente a estimativa é que poderíamos passar de 18 milhões de toneladas. No entanto, Alagoas perdeu mais de um milhão de toneladas de cana em função do baixo índice pluviométrico no período entre setembro e janeiro deste ano. O que se espera agora é que a produção fique em torno de 17 milhões de toneladas com crescimento entre 4% e 5% na comparação com a safra anterior”, explica Carnaúba, que também é o presidente da Stab Leste.

Segundo levantamento do Sindaçúcar-AL, a falta de chuva durante o verão foi muito forte na região canavieira de Alagoas. O levantamento feito pelo departamento técnico aponta para uma precipitação acumulada de 110 mm entre os meses de setembro de 2019 e janeiro de 2020.

“Em uma média de 38 anos na região canavieira alagoana a precipitação média no período é de 510 mm. De acordo com nosso levantamento choveu em torno de 400 mm a menos de setembro a janeiro. Nesta safra, chove 110 mm, uma redução de 80% e com o agravante de que em dois meses, novembro e dezembro, choveu quase anda”, aponta Cândido Carnaúba.

Perspectivas

Com as chuvas de fevereiro, a próxima safra, avalia Carnaúba, está assegurada em Alagoas, com expectativa de no mínimo repetir a produção do ciclo atual. “As empresas tem investido em irrigação e se o próximo verão for bom de chuvas, podemos até ter crescimento da produção”, pondera.