Agro

Preço do milho tem alta e preocupa produtores alagoanos

Valor da saca com 60kg já chegou a R$ 64,80 e elevou os custos de produção na pecuária de leite

Por Jaci Lira (estagiária sob supervisão) com Assessoria 03/03/2020 16h04
Preço do milho tem alta e preocupa produtores alagoanos
Foto: Reprodução

Em Alagoas, o preço do milho no mercado teve alta no preço. Segundo boletim informado pela Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (FAEAL), o valor da sacas de 60 kg está cotado em R$ 64,80. Em 2019, durante o mesmo período, a saca custava R$ 54,00. O aumento no preço se dá devido a oferta e procura, mas o valor tem prejudicado os produtores rurais.

De acordo com André Ramalho, presidente do Sindicato dos Produtores de Leite de Alagoas (Sindileite/AL), a alta no preço do milho também eleva o custo de produção, uma vez que “a alimentação representa mais de 50% da despesa da produção de leite, e o milho entra num percentual alto”, afirma o produtor de leite que compra as sacas do grão na Bahia e em Sergipe, num preço que varia de R$ 60,00 a R$62,00.

Para o superintendente regional da Companhia de Abastecimento (Conab), Lourival Magalhães, o mercado do milho está aquecido por diversos fatores. Entre eles o aumento da procura internacional, que faz o Brasil exportar mais. O preço do milho comercializado com subsídio pela Conab também teve alta. Durante a segunda quinzena de fevereiro, é possível encontrar na Conab o milho por R$52,20.

“Os economistas afirmam que essa onda é passageira, pois os atrasos nos plantios já foram superados e com a entrada do milho da safrinha se inicia um viés de baixa em curto prazo nos próximos meses. Mas o mercado não enxerga dessa forma e continuamos a ter preços firmes. Para se ter ideia, o preço na zona de produção está entre R$ 36,00 e R$ 40,00 e o frete de lá para nosso estado é muito caro.  Precisamos investir nas áreas que ficam paradas na entressafra de cana, para plantar milho e evitar de trazer o cereal de fora. E isso se faz com incentivo e apoio. O que não é possível é continuarmos produzindo em torno de 35 mil toneladas de milho. Esse volume é irrisório. Nossa produção de grãos representa 0,03% da produção nacional. Temos capacidade e condições de evoluir”, reforça. Lourival Magalhães.