Em meio aos efeitos da seca perante a produção leiteira  e o constante registro de perda de animais devido a precariedade na alimentação, a equipe  técnica da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) alerta para  cuidados  e controle de doenças que possam ser geradas pelo consumo de alimentação imprópria. 

De acordo com o diretor técnico da CPLA, Gustavo Ramos,  os produtores precisam ficar atentos aos componentes alimentares que vão utilizar. “O gado com fome nessa seca,  fica carente e come tudo que aparecer. Se estiver precisando recorrer e reduzir custos, utilizar o bagaço da cana  e palma forrageira como incrementos”,  indicou.

Recentemente a Cooperativa registrou caso de morte de animal, criado no município de Mar Vermelho,  diagnosticado com butilismo. “Para se precaver  da manifestação de doenças, o criador precisar estar com todas vacinas atualizadas e se possível recorrer à vacinação de urgência”, aconselha o diretor da CPLA.

Outra recomendação para evitar que doenças e pragas se alastrem, é a retirada imediata de carcaça de animais no pasto e evitar incluir na alimentação o composto “cama de frango”, que são os estercos de galinha e esxcrementos de frango. “É uma dos compostos mais perigosos para população bovina.  Todo produto que tenha proteína de origem animal é proibido para ruminantes”, informou.

 O alerta da CPLA se estende também aos quilombolas, comunidades rurais e assentamentos que lidam diariamente com o gado leiteiro e que atualmente enfrentas os efeitos negativos da seca nos municípios de Alagoas.