Agro

Sindaçúcar-AL defende que fornecedores de cana tenham prioridade na ajuda do governo

08/03/2017 14h02
Sindaçúcar-AL defende que fornecedores de cana tenham prioridade na ajuda do governo

Em reunião com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e a bancada federal alagoana, o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, apresentou os número da crise no setor sucroenergético alagoano duramente castigado pela seca.

O encontro realizado em Brasília teve como pauta o pedido de socorro dos fornecedores do Estado ao governo federal para o enfrentamento dos problemas decorrentes da estiagem prolongada que atinge a zona canavieira de Alagoas. 

“Defendemos que o primeiro socorro seja concedido aos fornecedores de cana. É natural que qualquer programa de governo comece e se intensifique com os fornecedores de cana. Estamos falando de 18 mil fornecedores independentes nordestinos. E num ato seguinte, o governo deve atender as indústrias. A bancada assumiu a crise por que passa a zona canavieira e que transcende aos agentes econômicos envolvidos que são os fornecedores e industriais”, defendeu Pedro Robério Nogueira.

De acordo com ele, a estiagem é um problema sério que subtrai uma parte expressiva da produção, onde foram empregados recursos financeiros na espera de bons resultados. “No caso de Alagoas, saímos de 29 milhões de toneladas de cana, que é a nossa marca histórica, para 16 milhões de toneladas. No próximo ciclo, poderemos ir a 13 ou até dez. Isso é o pior dano que a estiagem pode causar na atividade produtiva”, afirmou.

Segundo o presidente do Sindaçúcar-AL, uma das principais consequências da seca está também na menor circulação de renda no Estado, afirmando que as perdas nos últimos três anos chegam a R$ 8 bilhões. “Isso é todo o orçamento fiscal de Alagoas. Este valor resulta da subtração de renda pela não produção de cana em decorrência da seca. Produzindo menos, se emprega menos e se demite mais. O setor, atualmente, conta com 110 mil postos de trabalho diretos”, alertou.

Sem previsão

Na oportunidade, apesar do reconhecimento de ser uma crise sem precedentes, o ministro explicou durante o encontro que não será possível usar a MP de 2015 para o pagamento da subvenção aos fornecedores de cana. Segundo ele, outro agravante está na falta de previsão no Orçamento da União para a despesa, sugerindo que a bancada leve uma nova proposta para o presidente Michel Temer.

Diante do cenário apresentado, os representantes da bancada federal alagoana decidiram apresentar uma nova proposta de ajuda aos fornecedores de cana a partir de uma articulação com os ministérios da Agricultura, Fazenda e Planejamento para que possa ser encaminhada a Michel Temer.