Lideranças dos movimentos sociais do campo foram convocadas para uma reunião nessa segunda-feira (19), na sede do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) em Maceió, com o objetivo de discutir o processo de negociação da massa falida do Grupo João Lyra para a aquisição das terras das usinas Guaxuma e Lajinha.
 
No encontro, o diretor presidente do Iteral, Jaime Silva, destacou a sua preocupação com o cumprimento do acordo firmado em junho de 2016, no Tribunal de Justiça (TJ), entre a administração da massa falida, o Governo de Alagoas e movimentos sociais que estão acampados há vários anos nas áreas. Na ocasião, foi aprovado o repasse de 1.500 hectares de terra em troca da quitação das dívidas.
 
A interlocução com os administradores da massa falida estava tramitando normalmente, porém, durante o início da análise do encontro de contas, a gestão foi alterada, o que dificultou o diálogo e desencadeou retrocesso.
 
“Pela confiança que os movimentos têm depositado no Governo do Estado, solicitei a reunião com as lideranças. Lutaremos juntos para que o acordo seja respeitado. A obtenção da terra representa um compromisso social e contribuirá para o desenvolvimento econômico na região. O governador Renan Filho quer transformar essa área em um grande projeto de reforma agrária, assentando as famílias camponesas e, ainda, fazendo com que as usinas voltem a moer”, destacou Jaime Silva.
 
Na reunião também foi discutida a importância da realização de um seminário no próximo mês, com o objetivo de ampliar o diálogo sobre a agricultura familiar nas áreas da reforma agrária no Estado de Alagoas e a discussão de políticas públicas.
 
O encontro contou com a presença das lideranças dos Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST), de Libertação dos Sem Terra (MLST), de Luta pela Terra (MLT), Unidos pela Terra (MUPT), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Via do Trabalho e Terra Livre.