Agro
Produtores da CPLA alegam 50% de crescimento na produção leiteira
Vivendo uma fase de recuperação pós-seca, a Associação de Produtores de Leite de Mar Vermelho (Aprolmave) vinculada à Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), estima que após a energização do modelo cooperativista e regularidade de pagamentos, a produção leiteira apresentou um crescimento estimado em 50%.
O fato, segundo o presidente da Aprolmave, José de Oliveira, tem motivado os produtores a buscar maior produtividade. “Antigamente o leite era negociado sem perspectiva de pagamento e retorno. Hoje a gente possui destino certo e garantia de pagamento em dia. O modelo de trabalho cooperativista nos ajudou bastante a arrumar a casa e manter nossa produção”, pontuou.
A evolução do trabalho dos pequenos produtores possui a contribuição da CPLA, que tem oxigenado a atividade produtiva com orientação técnica, conhecimento e suporte. “A medida que nosso produtores foram sendo incluídos em programas de assistências e encontros técnicos, fomos colhendo resultado positivo no rebanho. Antes, o mínimo de produção de uma vaca era 5 quilos por dia. Hoje, conseguimos entorno de 15. Uma transformação feita com muito trabalho”, disse o produtor José Pixuta, o mais antigo da região.
Com 150 pequenos produtores de leite, a Associação recebe da equipe da CPLA instruções para execução do processo de armazenamento e entrega do leite ao Programa do Leite, operado pela Cooperativa. “Um dos nossos objetivos é promover meios para que o agricultor familiar, por meio da inclusão produtiva, tenha autonomia para aumentar a produção do rebanho e encontrar no leite uma remuneração justa, que edifique seu trabalho”, enfatizou o presidente da CPLA, Aldemar Monteiro.
Política de preço
Principal fonte de renda, o Programa do Leite protagoniza papel propulsor na atividade leiteira agrícola familiar. Ao longo dos anos, desde a unificação do Programa do Leite para todo estado, o Programa tem praticado o melhor preço do mercado. Atualmente os produtores cadastrados no Programa do Leite recebem R$ 1,28 pelo litro de leite fornecido. Cada produtor pode destinar 19 litros.
Com escoamento da produção e sustentabilidade na atividade, para o produtor Damião Vieria, o Programa do Leite é o principal ator da revitalização da Bacia Leiteira. “O mercado comum hoje explora os pequenos produtores. São preços absurdos. Nós somos privilegiados em ter um Programa do Leite que paga um preço justo ao produtor e preservar nosso emprego acima de tudo”, declarou. Damião lembra das dificuldades do passado: “antigamente era um produto que não tinha preço, tinha tanto esforço e não recebia o dinheiro”.