Na próxima segunda-feira, 21, o Centro Social da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Alagoas no Estado de Alagoas (Fetag-AL), será palco da mobilização “SOS Agricultura Familiar”, ato promovido por 27 associações e cooperativas agrícolas alagoanas.

O objetivo dos manifestantes é sensibilizar o Governo do Estado a dispor de mais recursos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que vem passando por grandes problemas em sua estrutura em Alagoas.

Segundo Maria José Alves, presidente da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Alagoas (Unicafes), no ano passado, a Cooperal chegou a ser contemplada com esse apoio, porém, com um valor inferior ao esperado.

Já em relação ao desenvolvimento do PAA 2017, apenas 30 associações foram atendidas com um projeto de R$ 30 mil cada. “Uma proposta com esse valor não é ideal para uma cooperativa, que hoje chega a ter entre 500 e 600 agricultores. É um valor muito pequeno. Dos nossos 170 projetos, 140 deles não foram agraciados. O agricultor perde com essa situação, e a família que era beneficiada com o alimento vindo desse agricultor também vai sofrer”, completa a presidente.

PROBLEMA

Com essa deficiência no PAA, as famílias estão optando por sair do campo para cidade. “Do jeito que está fica muito difícil. O PAA é uma ferramenta que vinha alavancando a economia, tanto municipal quanto estadual. Nós estamos vendo as famílias saírem do campo, para ocupar as cidades, de novo. E os agricultores querem permanecer no seu pedaço de chão. Mas nós precisamos de estrutura, dessa assistência”, salienta Maria.

Segundo o vice-presidente da Fetag-Al, Robério Oliveira, a mobilização também será realizada para reivindicar uma melhor qualidade de vida para os agricultores familiares alagoanos.

“Esse ato vem em um momento bastante oportuno, e nele nós poderemos defender os direitos dos produtores de Alagoas. A agricultura familiar é sinônimo de geração de riqueza, bem estar econômico e social tanto para quem produz quanto para quem é beneficiado pela produção, e precisa ser valorizada”, afirma Robério.