Agro

Prefeitos de AL se unem para evitar fim do programa do leite

Em tempo de vacas magras na economia, os mais carentes batem primeiro na porta das prefeituras

Por Edivaldo Junior com edivaldojunior.com.br 11/09/2017 14h02
Prefeitos de AL se unem para evitar fim do programa do leite

Em tempo de vacas magras na economia, os mais carentes batem primeiro na porta das prefeituras. Quanto menor e mais pobre o município, maior é a pressão social.

Por essas e outras, o prefeito de Jaramataia não quer nem ouvir falar da possibilidade do programa do leite acabar em Alagoas: “no nosso município o leite ajuda as famílias carentes, de um lado e, do outro, ajuda a garantir a renda de dezenas e dezenas de agricultores familiares que fornecem para o programa”, aponta.

Jeferson Barreto reclama contra os cortes do programa do leite em Alagoas, que afetaram diretamente o município: “a diminuição prejudica diretamente as famílias carentes, sem contar na economia do estado e do município. Antes era 80 mil litros por dia, agora é 40 mil, isso prejudica demais os produtores”, pondera.

Mobilizando os prefeitos

Barreto adianta que conversou com o Hugo Wanderley (presidente da AMA) para mobilizar os prefeitos, conversar com o governador e pressionar o governo federal. “O programa do leite não pode acabar. Se acabar será um desastre para Alagoas e principalmente para nossa região da bacia leiteira”, aponta. Jeferson adianta que a mobilização dos prefeitos será definida na próxima em reunião na AMA.

Amenizando a crise

Vice-presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, o deputado estadual Chico Tenório tem acompanhado de perto a crise no programa do leite em Alagoas. A situação só não está pior, explica, porque o governador Renan Filho antecipou as contrapartidas do estado para o pagamento dos produtores.

“Até agora o governo federal não liberou nenhum centavo este ano, enquanto o governo do estado já liberou mais de R$ 7 milhões. Eu conversei com o governador e com o secretário de Agricultura e eles me garantiram que o estado vai antecipar ainda esta semana mais R$ 2,5 milhões para evitar que o programa pare. Essa, no entanto, é a última parcela do estado. Vamos ter que pressionar o governo federal para que também cumpra sua parte”, pondera.

Para Chico, a bancada federal de Alagoas tem força para resolver o problema do programa do leite. “É uma bancada forte, com dois ministros e que agora poderá ter um terceiro ministério”, aponta.