Agro

Faeal incentiva produtor alagoano com Pecuária de baixo carbono

A Faeal vem trabalhando há mais de 20 anos nos estudos sobre a diminuição da emissão do carbono na pecuária

Por Assessoria 01/12/2017 13h01
Faeal incentiva produtor alagoano com Pecuária de baixo carbono


A Federação da Agricultura de Alagoas (Faeal) promoveu nesta quarta-feira, 29, um fórum de debate sobre a pecuária com baixa emissão de carbono. O objetivo da reunião foi demostrar que esse tipo de atividade pode trazer benefícios ambientais e financeiros para os produtores alagoanos.
A Faeal vem trabalhando há mais de 20 anos nos estudos sobre a diminuição da emissão do carbono na pecuária. O intuito da palestra foi levar aos agricultores alagoanos a importância de aumentar a atenção referente a emissão desses gases nas propriedades agrícolas, principalmente para as pecuárias que são mais concentradas, como a pecuária de corte, a leiteira e a suinocultura.
O tratamento de dejetos, além de contribuir para a redução de emissões de gases de efeito estufa, torna-se bastante viável economicamente para a maioria dos produtores. Atualmente, todo o resíduo que é gerado nessas atividades, que hoje é considerado um problema ambiental, podem se tornar uma solução, do ponto de vista de uma nova geração de renda dentro da propriedade rural.

O vice-presidente da Faeal, Edilson Maia acredita que é possível utilizar os gases que são emitidos para a geração de recursos para os próprios produtores. “Os técnicos que estão presentes nessa reunião trouxeram todas as informações necessárias para que o agricultor diante de uma situação como essa, possa obter resultados positivos através dos gases liberados pelas atividades do dia-a-dia em sua propriedade”, declara Maia.
Segundo o Fiscal agropecuário do Ministério da Agricultura, da Coordenação de mudanças climáticas, Sidney Medeiros existe três gases que são gerados dentro das atividades agropecuárias e que contribuem para o aquecimento global. São eles o gás carbônico, oriundo da queima de combustíveis fósseis, como nos tratores;  O gás metano que é originado dos dejetos animais e, por último o óxido nitroso que está presente nos fertilizantes nitrogenados, como a ureia e sulfato de amônio.

É possível ainda utilizar o gás para a geração de energia. Essa atividade acaba transformando esses gases em recursos, e dessa forma começam a fazer parte da receita da propriedade. Influenciando positivamente no crescimento do setor agropecuário.

“O gás metano presente nos dejetos animais, que antes iria para a atmosfera, pode ser aprisionado, e em seguida ele é queimado em um gerador. Dessa forma o gerador pode, a partir de então, fornecer energia elétrica para a propriedade ou para a rede elétrica, para a concessionária. Com esse processo  o produtor poderia até receber créditos da rede em sua conta de luz”, explica o Fiscal agropecuário, Sidney Medeiros.

As palestras buscaram levar conhecimento ao produtor, ensinando-o como transformar os gases emitidos na pecuária em riqueza e capital financeiro. Estavam presentes na reunião representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Banco do Nordeste, e vários produtores alagoanos.