Agro

Bagaço da cana é transformado em arte em Pindorama

A iniciativa gera oportunidade de renda na região

Por Assessoria 18/12/2017 10h10
Bagaço da cana é transformado em arte em Pindorama

O bagaço da cana descartado pela Usina Pindorama ganhou um novo destino nas mãos das mulheres da comunidade. O resíduo, junto com embalagens de cimento,  é transformado em arte, especificamente em colares e nas próprias caixas que embalam os produtos Pindorama com o curso realizado na Papelaria René Bertholet.

Um grupo de 22 mulheres ao longo do curso seleciona a fibra do bagaço, higienizam, cozinham, tratam o saco de cimento e amaciam os resíduos para obter uma camada uniforme remodelar as peças. Uma das etapas mais importantes, segundo Tânia Souza, instrutora do curso,  é a triagem da cana.  “Essa seleção é que vai dar mais qualidade ao produto final, vai diferenciar a textura visto que o cozimento leva cerca de 15 a 30 dias a depender da gramatura da fibra”,  comentou.

Com material de proteção adequado, Rayana Silva, que é aluna do curso, é criteriosa na seleção do bagaço. “Aqui o bagaço é proveitado 100%, mas é preciso separá-lo bem em virturde do processo de cozimento de qualidade. Estamos ansiosas para ver nossa arte tomar forma”, declarou.

Com um processo contínuo, as artesãs levam de dois a três meses para concluir o processo. Os produtos criados a partir do bagaço – como caixas, fichários, pastas e colares – são expostos no Coop Shop localizado no Centro de Treinamento Rural (CETRUP). A iniciativa, segundo Marinalva Nanes, coordenadora do Niep, gera oportunidade de renda. “Além de aptidão criativa, nossas alunas poderão ter renda extra com  a confecção   dos produtos. Na Pindorama, nada se perde”,  ressalta.

A inspiração no bagaço da cana para produzir confecções, segundo a superintendente do Centro de Treinamento Rural de Pindorama (CETRUP), Alda Júlia, também possui valor histórico para o setor. “Carregaremos nas peças a história e riqueza do setor sucroenergetico, que tanto contribui   e edifica nossa economia. O curso também possui o pilar formador quanto ao seu papel ecológico e sustentável”, descreveu Júlia.