Agro
CPLA alerta para temporada de vermigufação do rebanho leiteiro
As infecções por verme podem gerar perdas produtivas de 20 a 30% da produção de leite e carne
O controle eficiente de parasitas é um dos maiores desafios na rotina de cuidados do criador com seu rebanho. As infecções por verme podem gerar perdas produtivas de 20 a 30% da produção de leite e carne, segundo estudos da Embrapa. Só na produção de leite, a estimativa é que o animal detectado com verminose reduza sua produção em 0,6 kg por dia.
O primeiro trimestre do ano, no Nordeste, é a época ideal para colocar em prática o plano de vermifugação entre o rebanho bovino em preparação para o inverno, período de chuvas que propicia à proliferação. Diferente de outros vermes, para causar danos, basta uma centena e não milhares como nos demais casos.
“Os produtores precisam estabelecer uma calendário, mediante as características da região, para agir contra a verminose. Medicações de largo espectro de ação podem ser associadas ao manejo de rotina para estabelecer uma modo preventivo”, recomenda o coordenador técnico da CPLA, Glauco Yves.
O cuidado também precisa ser estendido à bezerrada de leite, grupo que precisa ser vermifugado a partir dos dois meses de idade. “Sabemos que o bovinos leiteiros são mais suscetíveis à parasitose, então é válido uma observação maior ao bezerro, já que se tem um animal com sistema imunológico ainda em desenvolvimento suscetível ao ataque de vermes”, chama atenção o técnico da CPLA.
Ao se alojar no intestino do bovino, os vermes causam lesões e infecções que levam à perda de apetite. “Esse animal lesionado por verminose apresenta diarreia verde-escura, constante e fétida, acompanhada de muco. Seu apetite e produção diminui bastante”, ressalta Yves.