Agro
Pequenos produtores de leite de AL recebem testes mensais de qualidade
Esses são os propósitos eleitos pela CPLA
Os agricultores familiares da CPLA recebem semanalmente atendimento técnico para avaliar tríade: boas práticas de ordenha, armazenamento e controle de qualidade. A cada semana são realizadas palestras e experimento técnicos, além de coletas de amostras. Para, assim, entregar o leite com maior qualidade e segurança.
Esses são os propósitos eleitos pela Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) no projeto de controle e qualidade do leite empregado nas 72 associações atendidas pela cooperativa em Alagoas.
“Com o CCS baixo, por exemplo, significa que as vacas apresentam boa saúde do úbere e consequentemente, o leite produzido é de boa qualidade”, conta Rubion Alves, coordenador do projeto. A análise também serve de parâmetro para detectar mastite no rebanho e como indicador geral das condições higiênicas da produção.
Além de orientar e verificar a qualidade do leite, a CPLA também realiza de análise laboratorial, em São Paulo, mensalmente, com presença de analistas, para testes de Controle de Bactérias Totais (CBT). “Dois fatores definem a qualidade do leite: o ambiente de criação e conduta de higiene do ordenhador. São fatores decisivos, aliados à má refrigeração, que podem resultar na manifestação de bactérias, que produzem ácido lático e muda o sabor do leite”, explica.
Dicas
Além de contar com o recurso da ferramenta de análise, o produtor deve ficar atento ao conjunto de boas práticas de ordenha e higienização recomendada pela cooperativa. As principais, segundo Rubion Alves, são: “limpeza profunda do tanque de resfriamento para extinguir qualquer resíduo; higienização máxima na ordenha do leite, manejo e ambiente, com limpeza a cada 48 horas; atenção para o nivelamento do tanque de leite e controle sanitário, além de uso de água limpa para higienização dos animais, tanque e ambiente”, elencou.
De acordo com o diretor da CPLA, Aldemar Monteiro, na prática, no ciclo leiteiro, a adoção das boas práticas somam para boa aceitação da matéria-prima nos laticínios. “Esse trabalho tem revolucionado o controle de qualidade da agricultura familiar e ainda ajuda no trabalho de valorização dos pequenos produtores. Outros dois pontos positivos são a maior organização e o estabelecimento de uma relação de confiança no mercado”, completou Monteiro.