Agro
Falta de recursos faz plantio de cana desacelerar em AL
Apesar do plantio reduzido, a safra 18/19 deve ter um resultado superior
O plantio de inverno da cana-de-açúcar por parte dos fornecedores vem ocorrendo de forma lenta.
“Afinal, o dinheiro ainda é pouco e os preços do açúcar estão em baixa no mercado. Tudo isso cria um cenário de retração”, afirmou o presidente da Asplama, Edgar Filho.
De acordo com ele, diante das dificuldades tanto as usinas quanto os fornecedores estão sendo obrigados a reduzir os investimentos por conta das incertezas e da instabilidade observadas nesta safra.
Apesar do plantio reduzido, a safra 18/19 deve ter um resultado superior em comparação ao ciclo anterior devido ao clima.
“Oficialmente, o inverno está começando agora. As chuvas vão ajudar e podemos ter uma moagem maior ante ao ciclo passado”, destacou Edgar Filho.
Preços
Com o aumento de preço dos produtos que fazem parte do mix da cana-de-açúcar, o ATR em junho teve uma variação positiva de 1,8% em comparação a maio desse ano.
O Conselho de Produtores de Cana-de-Açúcar e Etanol dos Estados de Alagoas e Sergipe (Consecana-AL/SE), com base nos dados repassados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada/ Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/ Universidade de São Paulo (CEPEA/ESALQ/USP), informou que o preço líquido do indicador passou de R$ 0,6620 para R$ 0,6744.
Seguindo essa declaração os produtos que tiveram a maior alta foram: VHP exportado para o mercado americano cujo saco passou de R$ 94,64 para R$ 103,30 e o etanol hidratado com o metro cúbico subiu de R$ 1.846,83 para R$ 1.920,03.
De acordo com o levantamento, o saco do açúcar cristal passou de R$ 56,35 para R$ 57,98 e o do VHP comercializado para o mercado mundial de R$ 57,65 para R$ 58,31. Segundo a planilha, apenas o etanol anidro, que é adicionado a gasolina, não registrou alteração de preço entre os meses de maio e junho, permanecendo em R$ 1.988,77.
O presidente da ASPLANA lembra ainda que questões importantes para ajudar o setor como a aplicação de uma possível política de redução de impostos por parte do governo do Estado e a liberação da venda direta de etanol das usinas para os postos também refletem no panorama geral vivenciado hoje na agroindústria canavieira alagoana.
Após sete meses de moagem em meio a dificuldades financeiras, a safra 17/18 foi finalizada pelas 17 usinas alagoanas com 13,7 milhões de toneladas de cana processadas. Em comparação ao ciclo anterior, quando foram beneficiadas 16 milhões de toneladas, foi registrada uma redução de 14,3%.