Agro
Vaquejada do Milhão movimentou cerca R$ 30 milhões
Em comercialização de animais, o Leilão Vale Rico faturou R$ 6,3 milhões com a venda de 43 lotes
Considerado maior evento da raça quarto de milha de vaquejada no ano, a Vaquejada do Milhão, que foi promovida pelo criador alagoano Cícero Andrade, no Pilar/AL, entre 5 e 9 dezembro, movimentou cerca de R$ 30 milhões entre premiação, senhas, negócios e investimentos .
Em comercialização de animais, o Leilão Vale Rico faturou R$ 6,3 milhões com a venda de 43 lotes quarto de milha, sendo o maior do ano. O evento ainda concedeu a maior premiação da história da vaquejada em R$ 1 milhão, além de ter comercializado R$ 2 milhões em senhas. Em investimentos iniciais para a construção do Parque Vale Rico e viabilização do evento, foram injetados R$ 10 milhões na economia alagoana. Durante o evento, a organização estima que se tenha movimentado cerca de R$ 12 milhões com os estandes e vendas de equipamentos veículos, produtos e serviços, além de com shows e entretenimento.
O criador e promotor do evento, Cícero Andrade, garante que o sucesso do evento foi possível devido a força da vaquejada na sociedade Nordestina. “A vaquejada está na alma do nordestino, por isso, seja o indivíduo do interior ou da capital, as pessoas se sentem atraídas pelo esporte. É um esporte genuinamente brasileiro sinônimo de inclusão social e empregos”, descreveu.
Resultado
Enquanto competição, a Vaquejada do Milhão inovou com duas pistas para disputas entre nove categorias e teve 2000 senhas adquiridas. Passaram pelo Parque Vale Rico 2500 cavalos, mais de 1000 competidores, 500 caminhões, 15 veterinários e 6 juízes de bem estar.
Levaram a melhor na disputa profissional a dupla Nilo Neto e Valtericio. No feminino, a vaqueira Alice Cavalcante sagrou-se campeã. As disputas na categoria Amador foi conquistada pelos vaqueiros Popó Porcino e Kakazinho. O alagoano Celso Vitório, de Arapiraca, sagrou-se campeão brasileiro, pela sétima vez, no Campeonato Melhores do Ano, disputado na quinta-feira do evento.
Para Rodrigo Loureiro, da Agreste Leilões, o evento mudou o modo das pessoas enxergarem a vaquejada. “O setor é quem agradece essa coragem e paixão do Andrade em mostrar que a vaquejada está na alma do nordestino, gera riquezas, impulsão social, cultura vindas de um esporte 100% financiado pelo setor privado. Que venhas mais edições desse evento”, frisou Rodrigo.
Do ponto de vista do mercado, o evento, segundo o criador Celso Pontes de Miranda Filho, contribui para manter o setor aquecido o ano inteiro. “O Brasil se encontrou nessa vaquejada. Criadores e vaqueiros que há tanto tempo já não rodam estiveram reunidos, renovando seus negócios e unidos pelo esporte. Vimos o movimento na economia da região. Bares, hotéis, restaurantes, postos e ambulantes todos faturando com o evento”, enfatizou.