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Fetag questionou as alterações impostas pelo governo federal

A MP retira a emissão da declaração de comprovação da atividade rural dos sindicatos de trabalhadores rurais

Por Assessoria 24/01/2019 10h10
Fetag questionou as alterações impostas pelo governo federal
Foto: Assessoria

 

 

O presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Alagoas – Fetag-AL, Givaldo Teles, questionou as alterações impostas pelo governo federal na concessão de benefícios previdenciários por meio da Medida Provisória 871/19. A MP retira a emissão da declaração de comprovação da atividade rural dos sindicatos de trabalhadores rurais. A medida foi assinada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na última sexta-feira,18. 

Segundo Givaldo Teles, presidente da Fetag/AL, entidade que representa mais de 100 mil agricultores,  a nova medida para concessão de benefícios penaliza diretamente os agricultores familiares. “Lamentável saber que um processo tão delicado quanto a aposentadoria rural entrou na mira dos benefícios pagos pelo INSS e expõe a tentativa de enfraquecer a atividade sindical. Além disso, torna complexo o processo da aposentadoria rural”,  criticou Teles.

Segundo o novo conjunto de regras a ser submetido ao Congresso Nacional, a comprovação da atividade rural deverá ser feita através de uma autodeclaração a ser homologada pelas entidades do Programa Nacional de Assitência  e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (Pronater).  A partir de 2020, essa comprovação deverá ser via uma rede de parceria a ser criada pelo Ministérios da Economia e da  Agricultura e registro no Cadastro Nacional  de Informações Sociais (CNIS).

Mobilização

Na tentativa de reverter a MP 871/19, a Fetag/AL  reunirá trabalhadores, agricultores e representantes dos polos sindicais de Alagoas, em Palmeira dos Índios, na próxima sexta-feira, 25, a partir das 8h, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais Municipal.

“Vamos construir os encaminhamentos necessários para barrar esse retrocesso. Não permitiremos a retirada de direitos dos trabalhadores rurais. Também tentaremos sensibilizar a bancada federal para que não seja legitimado essa MP”,   avisou Givaldo.