Considerado a segunda maior atividade do segmento do agronegócio alagoano por sua importância social e econômica para Alagoas, em especial para as regiões do agreste e sertão do Estado, presente em 27 municípios em 30 mil propriedades rurais, atravessa mais uma crise em sua história

Entre os principais fatores que contribuíram para a construção deste quadro de crise está a redução do preço pago ao produtor de leite em até 40%, além das dificuldades que tiveram origem com a seca que castigou a região da bacia leiteira alagoana. A escassez de chuva ocasionou a redução da área de plantada de palma, usada na alimentação animal, gerando aumento dos custos de produção e de insumos, entre outros.

Diante deste cenário preocupante, a Federação da Agricultura e Pecuária no Estado de Alagoas (Faeal) protocolou, semana passada, junto ao Governo do Estado, um documento solicitando a execução de ações efetivas no sentido de amenizar os efeitos causados pela seca na cadeia produtiva do leite em Alagoas.

Entre as reivindicações apresentadas estão: isenção do ICMS do leite fluído, na saída para Pernambuco e Sergipe; atualização da pauta fiscal para produtos derivados do leite vindos de outros Estados; regime tributário especial para as indústrias que captam leite no Estado, semelhante ao que é praticado com as empresas atacadistas de Alagoas; regularização do pagamento do Programa do Leite; aprovação e regulamentação da legislação de fabricação de queijos artesanais e a gestão junto a Secretaria de Estado da Agricultura e a CPLA estabelecendo prazo para o pleno funcionamento da Unidade de Beneficiamento de Leite (UBL) de Batalha. 

Além dos itens já relacionados acima, o documento entregue pela Faeal, em nome de todos os produtores rurais de Alagoas, pede ainda o fortalecimento da Adeal com a implantação do Sistema Brasileiro de Inspeção (SISBI) e a reativação dos debates no Comitê de Acompanhamento das Ações de Defesa Agropecuária do Estado de Alagoas, assim como, a gestão junto a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico com o propósito de promover a atração de grandes indústrias para Alagoas.

“Desta forma, pedimos uma atenção especial do governador no sentido de que sejam atendidos os pleitos formulados”, reformou, no documento, o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.