Agro

Grupo Carlos Lyra aposta em safra de recuperação

Com a expectativa de moer aproximadamente 2.850 mil toneladas de cana

Por Assessoria 11/03/2019 19h07
Grupo Carlos Lyra aposta em safra de recuperação

Com a expectativa de moer aproximadamente 2.850 mil toneladas de cana, o Grupo Carlos Lyra, que responde pelas usinas Caeté e Marituba, a exemplo de demais unidades industriais do setor sucronergético alagoano, faz uma moagem de recuperação neste ciclo 18/19.

“A safra, deste ano, está um pouco maior. As duas unidades juntas deverão moer cerca de 2.850 mil toneladas de cana. Será uma moagem de recuperação”, revelou Magno Brito diretor Industrial do Grupo Carlos Lyra.

De acordo com ele, o grupo empresarial tem trabalhado no processo de renovação do canavial. “Estamos fazendo mais do que era previsto com a finalidade de recuperar o tempo perdido. O fornecedor tem procurado também renovar o canavial”, reforçou.

Segundo Brito, o período mais seco sentido nesta moagem ocorreu até a primeira metade da safra (dezembro), registrando um ATR mais alto. “Nesta segunda fase do ciclo, estamos com um ATR mais baixo. Quando chove muito, o canavial quer crescer e isso interfere na quantidade de açúcar que vem na cana. Mas, temos a certeza que a próxima safra será muito boa”, afirmou.

Etanol

O diretor Industrial afirmou ainda que nesta safra, a exemplo da maioria das unidades industriais, o grupo reforçou a produção de etanol. “Este ano, na Caeté, tivemos a maior produção de etanol dentro de uma safra. A gente tem produzido cerca de 440 mil litros por dia, quando o nosso normal era 350 mil litros. Houve um aumento superior a 30%”, afirmou.

De acordo com ele, a usina passou por um reforço na infraestrutura. “Fizemos investimentos aqui na Caeté aumentando na capacidade de produção e agora estamos trabalhando na ampliação a eficiência na área de fermentação”, destacou.

Segundo Brito, atualmente, as duas usinas (Caeté e Marituba) têm uma maior flexibilidade de produção. “Se for um ano com preço melhor para o açúcar, podemos ir para um mix mais açucareiro e vice-versa. Temos, hoje, uma variação deste mix que não existia no passado. Era praticamente fixo entre açúcar e álcool”, afirmou.

Para Magno, as mudanças ocorridas na carga tributária do Estado contribuíram para ajudar na recuperação do setor. “Essas medida torna o nosso produto competitivo dentro e fora do Estado. Temos uma carga tributária parecida com a de Pernambuco, Sergipe e Paraíba e podemos trabalhar no mesmo patamar. O consumo do etanol no Estado chegava ao máximo de 15%. Tudo era exportado. Hoje, temos um consumo em Alagoas representativo. Vendendo mais etanol e açúcar dentro do Estado, melhor para o governo. Queremos crescer no mercado interno”, destacou.