Agro
Alagoas registra 10 casos de raiva animal este ano
Adeal afirma que Estado não sofrerá prejuízos
Alagoas registra 10 casos de raiva animal no primeiro semestre deste ano. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio da área técnica de zoonoses do órgão. Os casos mais recentes foram descobertos após analises do Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL) que informou a secretaria resultados positivos de uma amostra de caprino oriunda da cidade de Viçosa e outras duas amostras de cérebro bovino de fazendas de Piaçabuçu e Chã Preta.
Segundo o órgão, as amostras haviam sido coletadas nos meses de abril no município de Viçosa e em Junho em Piaçabuçu e Chã Preta. Mas, os resultados só foram liberados no último dia 4. Este ano já havia sido registrada a ocorrência de outros sete casos confirmados nos municípios de Quebrangulo (4), Penedo (1), Campo Grande (1 equino) e Palmeira dos Índios (1), totalizando, portanto 10 casos em 2019.
A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) já estava sabendo dos casos e informou que em reunião neste mês atualizou a Sesau sobre os casos confirmados e suspeitos da doença em animais de produção, nos municípios. Apesar dos registros o órgão afirma que não há nenhum prejuízo para o Estado. O prejuízo fica apenas para o criador, com a perda quantitativa em seu rebanho.
A agência disse ainda que mantém o sistema de vigilância permanente para todas as doenças de notificação obrigatória que possam trazer prejuízos à saúde do rebanho, dos seres humanos e prejuízos econômicos ao Estado de Alagoas. “Para orientar a todos os nossos servidores e atender aos casos notificados, temos o Programa Estadual de controle da Raiva dos Herbívoros PECRH, e, em breve, lançaremos uma campanha de vacinação contra a doença, em parceria com a Sesau, para intensificar a imunização de susceptíveis nas regiões já notificadas, regiões vizinhas e demais regiões”, diz.
A Adeal ressalta ainda que todos os animais de produção devem ser vacinados contra o vírus da raiva. A ocorrência de animais suspeitos de terem contraído a doença que ainda não foram notificados, devem ser imediatamente comunicado à Adeal. Os humanos por sua vez, não devem de forma alguma entrar em contato com secreções e exceções destes, sem equipamentos de proteção individual (luvas, etc).
O médico veterinário, membro da Comissão Regional de Saúde Pública Veterinária do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV/AL), Rael Lucas Fonseca de Almeida, disse que os cuidados básicos são relacionados ao manejo sanitário do banho, independente de serem equinos, caprinos, ovinos, etc. “O interessante é que vacinem contra a doença. Nesse aspecto, uma consulta com um veterinário é fundamental para orientar como proceder desde a compra dessas até vacinas, a aplicação, pois, existem cuidados fundamentais relacionados ao transporte, armazenamento, como aplicar, em quais animais aplicar visto que, animais com alguma enfermidade podem ou não tomar a vacina antirrábica. Animais com suspeita de raiva devem ser comunicados à ADEAL ou CCZ (ou UVZ) municipal para que sejam adotadas as devidas providências”.
Rael diz que os registros são um alerta para que os produtores se sensibilizem nos cuidados sanitários do rebanho para que a raiva não chegue até os seres humanos.