Agro
Asplana avalia atualizar participação da matéria-prima no custo de produção
Desde 2005 ocorreram fatores que resultaram no aumento dos custos e de produção em proporções elevadas.
O presidente da Asplana, Edgar Filho e representantes da Comissão da Cana, colegiado que também faz parte da entidade de classe que representa mais de sete mil fornecedores de cana alagoanos, estiveram reunidos, semana passada, para debater a atualização da participação da matéria-prima no custo de produção para formação de preço da cana do ATR.
De acordo com os representantes dos fornecedores, a última atualização foi realizada no ano de 2005. Desde então, ocorreram alguns fatores, a exemplo de instabilidades políticas e até cambiais, que resultaram no aumento dos custos e de produção em proporções elevadas.
Estudos elaborados pelo PECEGE, consultoria dedicada ao levantamento de dados, publicações e projetos na área de economia e gestão de negócios, apontam que, em aproximadamente 15 safras, a participação do custo da matéria-prima já ultrapassaram os 70%.
“Desde 2005 também só é repassado para o fornecedor o percentual de 60%. Queremos que ele seja de pelo menos 70%. Vamos ter uma reunião no dia 29, que será o fechamento da ATR do ano, na Asplana, a partir das 10h, para que a gente comece da debater esta questão. Queremos esclarecer aos industriais que este pleito nosso é valido para que nós não sejamos prejudicados. O fornecedor de cana é um parceiro do industrial e a nossa cana ainda é a mais barata para o usineiro. É importante chegarmos ao denominador comum. Todos os nossos custos para manter o cultivo no campo tem aumentado bastante nos últimos anos. Para se ter uma ideia, o custo médio que esta sendo repassado para um fornecedor é como se uma tonelada de cana fosse produzida por R$ 40, quando na realidade gira em torno de R$ 85”, declarou o presidente da Asplana.