Agro
Plantadeiras reduzem custos de produção da cana
As novas técnicas promovem ganhos de produtividade
A cada dia novas técnicas que objetivam a redução de custos de produção e promovem ganhos de produtividade são testados no setor agropecuário. Na cultura da cana-de-açúcar este cenário não poderia ser diferente, buscando na inovação uma forma eficiente de enfrentar as dificuldades.
Um exemplo deste trabalho está na adaptação de tratores que acoplados a equipamentos desenvolvidos por usinas e fornecedores de cana são usados no plantio de sementes. As chamadas plantadeiras se tornam uma nova ferramenta no cultivo da cana, reduzindo os custos de produção.
Diante de resultados positivos, com boa germinação e desenvolvimento da cana, as plantadeiras ainda em fase de teste começam a ter seu funcionamento difundido entre os fornecedores de Alagoas.
Um destas máquinas, que vem sendo testada por alguns fornecedores da região do litoral sul de Alagoas, conta com seis trabalhadores e um operador que conseguem efetuar o plantio em uma área de seis hectares em um período de oito horas. “Em um plantio convencional a gente teria que usar, no mínimo, dez pessoas para cobrir a mesma área. Com a máquina, além de reduzir o pessoal, ela faz os sucos e cobre as sementes, além de adubar e já inserir defensivos agrícolas. O custo é reduzido em até R$ 1.400 por hectare”, destacou o fornecedor de cana Aloísio César Mesquita, que vai plantar uma área de 45 hectares com a nova ferramenta.
Pindorama
Na Cooperativa Pindorama, onde o plantio da cana ocorre em quase sua totalidade de forma tradicional, de forma manual, o uso de máquina para esta atividade começa também a ser testado.
Uma máquina que usa duas linhas com um trator de 65 cavalos foi desenvolvida pelo colono e técnico em agropecuária Adeilton Batista para atender a necessidade do pequeno produtor. A máquina, que planta uma área de três hectares por dia, necessita apenas dois trabalhadores e um operador.
“Foi uma maquina que criei na garagem de casa e não comprei nada novo. Tive uma brotação e desenvolvimento excelentes. Plantamos seis toneladas por hectare. Antigamente, chagamos a usar 12 toneladas por hectare e não havia o rendimento que temos hoje”, afirmou Batista, lembrando que o espaçamento entre gemas é de 20 centímetros e entre linhas o uso é de um metro.