Agro
China: redução da exportação de açúcar de AL teve origem tarifária
O presidente do Sindaçúcar-AL negou que o motivo tenha sido a epidemia de coronavírus
A informação de que a redução da exportação de açúcar de Alagoas para China teria sido provocada após o surgimento do coronavírus, foi negada pelo presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério Nogueira. De acordo com o dirigente da entidade, que representa as unidades industriais do setor sucroenergético, à redução já ocorre nos últimos dois anos por questões tarifárias e não é restrita a Alagoas.
“Essa redução das exportações do Brasil para a China não tem nenhuma relação com o surgimento do coronavírus. Isso ocorre porque a China duplicou a taxa de importação o que tornou proibitivas as exportações para o país”, afirmou Nogueira.
Segundo ele, o Brasil já chegou a negociar com a China a redução da taxa. “Essa safra, que está sendo concluída, ainda tem o efeito da taxação anterior. Mas, é provável que no próximo ciclo da cana, o Brasil volte a este mercado que perdemos por questões de proteção da própria China por conta de uma super tarifação que proibiu as exportações”, declarou.
A China é o principal comprador de produtos brasileiros, dados do comércio exterior já indicaram queda de 10% no volume de exportações ao país asiático no último mês de janeiro.