O presidente da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), Aldemar Monteiro, recebeu do governador Renan Filho, durante encontro realizado - esta semana - na Assembleia Legislativa do Estado, a confirmação de que R$ 3 milhões serão liberados para o Programa do Leite.

Apesar de beneficiar quase 80 mil famílias carentes de Alagoas, sendo considerado um das maiores ações sociais executadas no Estado, a continuidade do Programa do Leite no Estado volta a ser ameaçada pela falta de recursos federais. Há mais de dois meses nenhuma parcela chegou a ser paga aos agricultores familiares inscritos no programa. Atualmente, o programa conta com uma cota superior a 52 mil litros de leite adquiridos por dia por meio das cooperativas.

Diante do alcance social na geração de renda e principalmente no combate a fome, o secretário de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura de Alagoas, João Lessa, afirmou que o Programa do Leite é considerado um dos mais importantes do Estado.

“Ele atinge as duas pontas formadas pela cadeia produtiva e os beneficiários. É um programa importantíssimo de segurança alimentar. Estivemos em Brasília para uma reunião sobre o PAA e fomos informados que teve um corte no orçamento que em 2019 era de R$ 238 milhões e em 2020 foi de R$ 101 milhões, onde só R$ 30 milhões é para o PAA Leite. Isso nos deixou muito preocupado. Afinal, precisamos no Estado de R$ 29 milhões só de recursos federais. Temos a nossa contrapartida assegurada pelo Governo do Estado. Mas, precisamos do governo federal para que o programa tenha continuidade”, afirmou.

Lessa informou que já acionou o coordenador da bancada alagoana na Câmara, deputado Marx Beltrão, solicitando que o parlamentar possa sensibilizar o Ministério da Cidadania e a bancada para que recursos sejam direcionados para o programa para evitar o fim desta ação social.

“Só com o recurso que foi anunciado pelo ministério para o Programa do Leite não teríamos como bancar dois meses. Não tenho dúvida que o Programa do Leite não vai parar. O governador é um defensor desta ação. Mas, precisamos de recursos federais. Contudo, precisamos de data já que o leite está sendo entregue e os beneficiários estão sendo atendidos e as cooperativas precisam receber os recursos”, salientou.

De acordo com ele, apesar de o percentual da contrapartida do Governo do Estado ser de 20%, “em 2019 Alagoas chegou a pagar mais de 50%. Mas, o recurso federal é importante para que possamos potencializar o programa“, finalizou João Lessa.