Agro
Agricultores familiares relatam drama com atraso no Programa do Leite
Mais de três mil agricultores alagoanos passam por dificuldades financeiras
Sem receber as parcelas do Programa do Leite desde janeiro passado, mais de três mil agricultores familiares alagoanos, que sobrevivem da comercialização do leite, passam por dificuldades financeiras para manter o próprio sustento e o do rebanho.
“Fazemos parte de uma associação formada por 70 produtores que fornecem dois mil litros de lite por dia ao programa. Não é fácil chegar todo fim de semana e a gente não ter dinheiro para comprar se quer o pão. Estamos passando por necessidade. Nós e o nosso rebanho precisamos de alimento. Já estamos no mês de maio e não temos posição alguma. Se não recebermos, vamos sair do Programa do Leite”, declarou Maria Quitéria, presidente da associação de agricultores familiares do município de Jacaré dos Homens.
“Sou produtor de leite e tento fazer o melhor para sustenta a minha família e o meu rebanho. Mas, infelizmente, o governo não está ajudando. A situação está difícil. Estamos sendo obrigados a vender os bezerros para poder sobreviver. Já parei de dar ração para as vacas. Não tenho mais condições de manter os animais no cocho. Com isso, a produção já caiu pela metade. Somos trabalhadores e precisamos do governo“, afirmou Antonio Barros, agricultor do município de São José da Tapera.
O Programa do Leite - firmado por meio do Convênio Nº 007/2013, celebrado entre a União, por meio do Ministério da Cidadania e o Governo do Estado, via Secretaria de Agricultura - beneficia 80 mil famílias que se encontram em situação de insegurança alimentar e nutricional, contando com três mil agricultores familiares cadastrados que fornecem leite diariamente.São entregues mais de 52 mil litros de leite, por dia, para suprir as necessidades das famílias inscritas no programa.