Agro
Asplana alerta que ampliação de cota de importação de etanol seria fatal ao setor
Aumentar a importação seria fatal para as indústrias brasileiras
A notícia de que o governo dos Estados Unidos teria pressionado o Brasil para que a cota de importação de etanol – isento de cobrança de taxas – seja ampliada, preocupa entidades do setor sucroenergético nacional, em especial, o nordestino.
De acordo com o presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Estado de Alagoas – Asplana, Edgar Filho, caso o governo ceda a pressão, a medida causaria sérios danos a produção local e a indústria nacional.
“Isso seria terrível para o nosso setor. Se nós somos produtores, não podemos de forma alguma aumentar a importação de etanol americano. Nós fabricamos o biocombustível e estamos em meio a uma crise, atravessando um momento delicado por conta do coronavírus e da queda do preço do petróleo que tornou o etanol praticamente inviável. Foi justamente por ter havido essa redução no consumo que fizemos a campanha de incentivo ao abastecimento do etanol”, declarou Edgar Filho.
Segundo ele, aumentar a importação seria fatal para as indústrias brasileiras, colocando em risco todo o setor sucroenergético nacional. “Não acredito que o presidente Jair Bolsonaro atenda a essa demanda dos Estados Unidos. Caso isso aconteça, seria um grande absurdo que seria impraticável e inaceitável. É preciso pensar nesse setor que gera milhares de empregos”, finalizou.