Com a safra 20/21 a pleno vapor, com todas as usinas do Estado moendo, o presidente da Asplana, Edgar Filho, declarou que as expectativas são positivas tanto para o fornecedor de cana, quanto para as usinas, sendo, provavelmente, um ano de retomada do crescimento e de estabilidade do setor.

Com 15 unidades industriais em operação e uma previsão inicial, por parte das usinas, de moer 18 milhões de toneladas de cana, o dirigente do setor canavieiro alagoano afirmou que a previsão é otimista.

“Esperamos uma safra boa de preços bons por conta da alta da ATR e do dólar, puxando o preço do açúcar VHP, lembrando que Alagoas tem um grande percentual de exportação. O preço do açúcar cristal e do etanol também estão se comportando de forma positiva. Na verdade, os preços que compõem o mix da cana em Alagoas estão bons este ano”, reforçou.

De acordo com ele, ainda não se pode afirmar qual deverá ser a produção final da safra 20/21. “Há uma tendência de ela ser boa e, pelo menos, repetir os números do ciclo passado. Acho cedo para avaliar esse volume de cana que está sendo cogitado de 18 milhões de toneladas. A gente teve um verão muito seco e há locais onde a cana não desenvolveu tão bem e estamos começando a sentir isso neste começo de safra”, pontuou.

Para Edgar Filho, diante deste reflexo do verão no canavial, a produtividade pode não ser tão boa quanto a esperada. “Isso vai refletir no volume final da safra. Mas, mesmo assim, podemos dizer que será uma moagem boa. Afinal, se a gente repetir a produção passada de 16 milhões de toneladas de cana, com o preço atual, será um ciclo positivo”, reforçou.

Segundo ele, a precipitação pluviométrica vem apresentando índices positivos na região canavieira de Alagoas. “As chuvas estão indo muito bem neste período de setembro e começo de outubro. Isso é muito bom para a cana plantada agora no inverno e que reflete na próxima safra. É um sinal positivo. Esses índices também vêm ajudando a socaria, que vem brotando bem”, finalizou.