Agro
Santo Antônio colhe resultados positivos com variedades RB
Unidades industriais contam com um canavial formado por variedades mais antigas
Com uma área total de 34 mil hectares cultivados de cana, as usinas Santo Antônio e Camaragibe contam com a predominância das variedades RB, tendo destaque para a 579 que foi desenvolvida em Alagoas e que, atualmente, está presente em todo o país.
De acordo com o superintendente Agrícola das unidades industriais, Marcos Maranhão, 40% da área plantada é ocupada pela variedade RB 579. “Temos pouco mais de 12 mil hectares plantados com essa variedade de cana. Anteriormente, já chegamos a ultrapassar os 50% da área da usina com a 579. Mas, ultimamente, tem surgido novos clones que vem concorrendo bem com ela, além do mais não é recomendado ter mais de metade da área ocupada com uma única variedade”, afirmou.
Segundo Maranhão, novos clones também vêm tendo bons resultando, se destacando em termos de produtividade e de tonelada de açúcar por hectare. “Apesar isso, a gente pretende manter a área que é destinada a 579 em pelo menos 35%”, reforçou.
As unidades industriais contam também com um canavial formado por variedade mais antigas, a exemplo da SP 791011, que começa a ser substituída por novas RB. “Ela é bem antiga e rústica. Hoje, a gente trabalha com essa variedade praticamente apenas nas áreas de encostas por apresentar uma brotação de socaria boa. Mas, estas novas variedades também apresentam o mesmo desempenho sendo mais resistentes e com alto teor de açúcar. Por isso, estamos começando a fazer a substituição”, declarou.
Entre as variedades promissoras está RB 08791. “Já estamos com 1.200 hectares plantados com ela, sendo algumas partes em encostas, onde vem se adaptando bem e com diâmetro e brotação de socarias boas, além de conseguir ser moída no meio e final de safra. Com isso, pretendemos ampliar ainda mais a área dela”, afirmou Marcos Maranhão, lembrando que se trata de uma cana que também é boa para o corte.
A usina conta com uma subestação do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA), desenvolvido pela Ridesa. “Isso facilita nosso trabalho por saber o que está se destacando. Os clones com melhor desempenho, já levamos para uma área no campo para avaliar o desenvolvimento em um espaço maior até chegar em uma área comercial para que possamos partir na frente com estes clones”, finalizou.