Agro
Tecnologia obtém propriedade antifúngica de planta
O extrato da planta foi utilizado como reagente atóxico de partículas revestidas
Uma equipe de pesquisadores do Immanuel Kant BFU, da Rússia, obteve nanopartículas magnéticas usando o Açoro, Acorus calamus, já que, tanto as raízes quanto as folhas dessa planta têm propriedades antioxidantes, antimicrobianas e inseticidas. Para tal fim, o extrato dessa planta foi utilizado como reagente atóxico para a fabricação de partículas revestidas.
Os autores do trabalho também mostraram a eficiência das novas nanopartículas contra diversos tipos de fungos patogênicos que danificam as plantas cultivadas. Uma tecnologia desenvolvida pela equipe prevê a fabricação de nanopartículas a partir de uma matéria-prima vegetal barata e reduz o efeito nocivo dos reagentes no meio ambiente. Os resultados do estudo foram publicados na revista Nano-Structures & Nano-Objects.
Por conta de suas propriedades únicas, as nanopartículas são usadas em muitas áreas, desde a medicina até a produção de petróleo. Suas características dependem em grande parte de seu tamanho e forma, e a relação entre sua área de superfície e volume desempenha um papel fundamental. Quanto maior for, mais forte é o efeito local da nanopartícula.
“Existem vários métodos de fabricação de nanopartículas revestidas com determinadas características, mas todos incluem reagentes tóxicos. Desenvolvemos uma tecnologia ecologicamente correta para a produção de ferrita de bário com o uso de extrato dessa planta. A superfície dessas partículas têm propriedades biológicas adicionais e as próprias partículas possuem todas as características magnéticas e geométricas necessárias”, disse a Prof. Larissa Panina, Ph.D. em Física e Matemática pela BFU.