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Agricultores são atendidos pela Emater às margens do Canal do Sertão

Instituto presta serviços de assistência técnica e extensão rural para produtores em 7 municípios

Por Redação com Ascom Emater 13/04/2021 16h04
Agricultores são atendidos pela Emater às margens do Canal do Sertão
Foto: Ascom Emater

Nas regiões do médio e do alto Sertão, diversos produtores realizam o plantio de suas culturas às margens de uma das obras mais importantes para a população alagoana nos últimos anos: o Canal do Sertão.

O Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater) atende 87 agricultores familiares nos municípios de Água Branca, Delmiro Gouveia, Inhapi, Olho D’Água do Casado, Pariconha, São José da Tapera e Senador Rui Palmeira, prestando assistência técnica e extensão rural (ATER).

As experiências com os produtores, que estão abaixo da linha da pobreza, têm otimizado as realidades de vida a partir de projetos desenvolvidos pela Emater, como o programa de Fomento às Atividades Rurais e o Dom Helder Câmara.

“O nosso objetivo é ampliar ainda mais a atuação junto aos agricultores, utilizando o Canal do Sertão. Para isso, a Emater tem participado de inúmeras discussões, junto a outros órgãos, para garantir essa possibilidade e viabilizar programas de fomento, que permitam aos agricultores um investimento inicial, para que tenham a infraestrutura necessária para utilizar essa água, com kits de irrigação e outras ferramentas”, ressaltou o presidente da Emater, Adalberon Sá Júnior.

Dentre as culturas predominantes nas regiões, estão as hortaliças: tomate, coentro, cebolinha, alface, pimentão e abóbora; frutas: mamão, melancia, banana prata, coco verde, goiaba e abacate; raízes e tubérculos: macaxeira, mandioca e batata doce; grãos: milho verde, feijão e sorgo; e a pecuária: criação de bovinos e ovinos.

Para Gislaine Medeiros, produtora de frutas, verduras e recém criadora de animais em Delmiro Gouveia, no alto Sertão, é fundamental que os agricultores tenham assistência técnica para produzir com segurança e evitar perdas, tanto na agricultura, quanto na pecuária de pequeno e médio porte.

“Sem ATER os agricultores ficam perdidos e, muitas vezes, fazem práticas prejudiciais, tais como queimadas, uso de agrotóxicos, ou não sabem como utilizar a água existente na propriedade de forma econômica, além disso, têm dificuldades na hora de comercializar. É algo de suma importância, até para ter a troca de saberes entre o técnico e o agricultor, pois ambos possuem conhecimentos diferentes e terminam um aprendendo com o outro”.

O técnico extensionista da Emater, Antônio Pacífico, explica que a atividade no perímetro do Canal do Sertão visa gerar meios para o incremento na produtividade e renda do agricultor familiar. “Também gera uma grande responsabilidade de orientar para o uso e conservação dos solos, pois a região é suscetível à salinização em decorrência de uma irrigação malconduzida”.

Deste total de 87 produtores, 35 também participam do Projeto Dom Helder Câmara, que tem o objetivo de contribuir para a redução da pobreza rural e das desigualdades no semiárido, por meio da integração de políticas públicas, inclusão produtiva e social dos agricultores familiares.

O agricultor Rendrickson da Silva tem a sua plantação em Senador Rui Palmeira, no médio Sertão, na qual cultiva coentro, pimentão, mamão, maracujá, couve e goiaba. “A Emater presta uma ótima assistência para a gente. Eles têm sempre um técnico disposto a nos orientar. A compra de alimentos, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), ajuda as famílias e nos ajuda também”, afirmou.